Embaixada americana adota Pix antes de críticas de Trump à inovação brasileira

A embaixada americana no Brasil, que adotou o Pix como método de pagamento para taxas de visto, agora enfrenta críticas do ex-presidente Donald Trump. A tecnologia, que foi inicialmente elogiada como uma inovação, está sob investigação do governo dos EUA por supostas práticas comerciais desleais.

Em março de 2022, a embaixada e os consulados dos EUA no Brasil começaram a aceitar o Pix para o pagamento da taxa de solicitação de visto (MRV). Na época, a embaixada destacou que essa mudança fazia parte do compromisso de aprimorar os serviços para os solicitantes. Desde então, os brasileiros têm utilizado o sistema para realizar pagamentos, mesmo com a iminente criação de uma nova taxa que pode aumentar em 148% o custo da emissão de vistos.

Recentemente, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) incluiu o Pix em um relatório que aponta o sistema como alvo de uma investigação. O documento sugere que o Brasil estaria favorecendo soluções de pagamento desenvolvidas pelo governo, como o Pix, em detrimento de alternativas americanas, como Google Pay e Apple Pay. Essa situação levanta questões sobre a competitividade entre os sistemas de pagamento e as políticas comerciais entre os dois países.

A investigação e as críticas de Trump refletem um clima de tensão nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em um momento em que o governo americano busca proteger seus interesses no setor de tecnologia financeira.