16 de jul 2025
Famosas revelam abusos como stealthing e revenge porn em suas experiências pessoais
Vídeo educativo busca conscientizar sobre stealthing, gaslighting e revenge porn, crimes que muitas mulheres ainda desconhecem.

Famosas relatam abusos pouco reconhecidos como crime (Foto: @evanranchelwood, @mischabarton e @oliviapetter | CO Assessoria)
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Práticas de violência sexual como stealthing, gaslighting e revenge porn ainda são desconhecidas por muitas mulheres, mesmo com o aumento do debate público sobre o tema. Com a aproximação do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, a conscientização sobre essas formas de abuso se torna ainda mais urgente. Um vídeo educativo está sendo produzido para informar e incentivar denúncias.
O stealthing, que consiste na remoção do preservativo durante a relação sexual sem o consentimento da parceira, é um exemplo de crime que muitas mulheres não reconhecem. Esse ato, mesmo que a relação tenha começado de forma consensual, é considerado violação sexual mediante fraude no Brasil. O advogado criminalista Davi Gebara destaca que o desconhecimento sobre essas práticas impede que as vítimas denunciem os abusos.
Outra forma de violência menos visível é o gaslighting sexual, que manipula a vítima a duvidar de sua própria percepção. Essa prática é classificada como violência psicológica pela legislação brasileira desde 2021. A atriz Evan Rachel Wood compartilhou sua experiência de manipulação emocional, ressaltando como foi levada a acreditar que os abusos eram culpa sua.
O revenge porn, ou pornografia de vingança, é a divulgação de imagens íntimas sem consentimento e é crime no Brasil desde 2018. A atriz Mischa Barton enfrentou essa situação quando um ex-namorado tentou vender vídeos dela sem autorização. A falta de informação sobre esses crimes contribui para que muitas vítimas só reconheçam o que sofreram muito tempo depois.
A sexsomnia, que envolve comportamentos sexuais involuntários durante o sono, também tem sido utilizada como defesa em casos de estupro. Gebara alerta que, mesmo quando clinicamente comprovada, essa condição não deve deslegitimar a denúncia da vítima. A produção do vídeo educativo visa ampliar o acesso à informação, ajudando mulheres a reconhecerem e denunciarem situações abusivas.
Se você ou alguém próximo passou por algo semelhante, é fundamental buscar ajuda. As denúncias podem ser feitas na Delegacia da Mulher ou pelo Disque 180. Reconhecer a violência é o primeiro passo para quebrar o ciclo de silêncio e buscar justiça.
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