Brasil se destaca em 2025 ao atrair capital estrangeiro apesar da instabilidade

O Brasil se mantém como um destino atrativo para investimentos estrangeiros, mesmo em um cenário global de incertezas. Projeções do Banco Central indicam que o país deve receber US$ 70 bilhões em Investimento Direto no País (IDP) em 2025, um valor que se aproxima do registrado em 2024. Essa resiliência é evidenciada pelo reconhecimento da OCDE, que posicionou o Brasil como o segundo maior destino de investimento estrangeiro direto (IED), atrás apenas dos Estados Unidos.

Os investimentos estão sendo direcionados principalmente para setores como biotecnologia, energias renováveis e tecnologia da informação. Apesar dos desafios econômicos, como juros elevados e instabilidade política, o Brasil continua atraindo capital produtivo. Em 2024, o reinvestimento de lucros por empresas estrangeiras alcançou US$ 33 bilhões, demonstrando confiança no ambiente local.

Setores em Destaque

O interesse por projetos greenfield, que são criados do zero, tem crescido. Estima-se que mais da metade dos investimentos em 2024 foi destinada a esses projetos, com destaque para automóveis e energias renováveis. O movimento global de nearshoring, que busca fornecedores mais próximos, também favorece o Brasil, especialmente em meio às tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Gigantes globais estão ampliando sua presença no país. A Chevron, em consórcio com a chinesa CNPC, adquiriu nove blocos na bacia da foz do Amazonas, uma nova fronteira exploratória de petróleo e gás. No setor de tecnologia, a Huawei aguarda incentivos fiscais para expandir sua atuação em infraestrutura digital, enquanto a ByteDance, controladora do TikTok, planeja instalar centros de dados no Brasil, atraída pela oferta de energia renovável.

Oportunidades de Valorização

O Brasil lidera na América Latina em índices de referência globais, representando 60% do MSCI LatAm. O país oferece ações com baixa precificação e títulos de renda fixa com retorno atrativo. Segundo o Itaú BBA, o valuation do Brasil está até 23% inferior à média histórica, tornando o momento estratégico para investidores em busca de oportunidades de valorização.