B3 registra crescimento acima do esperado com recuperação da bolsa em junho

A B3 (B3SA3) divulgou seus dados operacionais de junho nesta segunda-feira, 14, apresentando um crescimento significativo no volume médio diário de ações, que alcançou R$ 27,02 bilhões. Este resultado é o melhor desde o segundo trimestre de 2023 e superou as expectativas em 7%. No entanto, o volume médio diário de derivativos caiu para R$ 11,53 bilhões, uma redução de 6% em relação ao ano anterior.

O BTG Pactual mantém sua recomendação de compra para as ações da B3, com um preço-alvo de R$ 15 nos próximos 12 meses. A corretora acredita que a empresa possui um modelo de negócios diversificado e resiliente, o que pode proporcionar crescimento nos lucros. Em contraste, a XP adota uma postura mais cautelosa, recomendando uma posição neutra e um preço-alvo de R$ 16, citando a taxa de juros elevada como um obstáculo para uma recuperação robusta no mercado de capitais.

Análise dos Resultados

O volume médio diário do mercado à vista de ações foi de R$ 24,5 bilhões, um aumento de 6,4% na comparação anual, embora tenha caído 6,2% em relação ao mês anterior. Os BDRs se destacaram com um crescimento de 63% ano contra ano. Apesar da queda no volume de contratos de índice de ações, a receita média por contrato aumentou 7%.

O Bradesco BBI destaca que as receitas com derivativos listados permaneceram estáveis em relação ao trimestre anterior. A corretora observa que o aumento no volume de ações pode indicar um bom desempenho nas receitas do segundo trimestre de 2025. O estoque total em circulação de renda fixa também apresentou crescimento, atingindo R$ 8,28 bilhões, um aumento de 22,6% em relação ao ano anterior.

Perspectivas do Mercado

Enquanto o BTG vê oportunidades de crescimento, a XP permanece cautelosa, afirmando que ainda é cedo para concluir que o mercado de capitais entrou em um ciclo sustentável de recuperação. A XP ressalta que a atividade nos mercados de capitais continua frágil e que a taxa de juros deve ser um fator limitante para o crescimento no próximo ano. O Goldman Sachs projeta um crescimento de 9% no lucro líquido recorrente, mas mantém uma visão neutra sobre as ações da B3.