15 de jul 2025
Tecnologias de ficção científica se tornam realidade com avanços em inteligência artificial
Tecnologias que simulam conversas com entes falecidos e relacionamentos com IAs geram debates éticos sobre identidade e privacidade.

Foto: Reprodução
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A ficção científica tem se tornado cada vez mais realista, abordando temas como inteligência artificial, simulação de consciências e vigilância preditiva. Obras como Black Mirror, Her e Ex Machina já exploraram essas interações, mas agora tecnologias que permitem conversar com entes falecidos e relacionar-se com IAs estão se concretizando.
Recentemente, empresas como HereAfter AI e Replika desenvolveram sistemas que criam avatares conversacionais de pessoas queridas, utilizando áudios e textos para simular suas personalidades. Em um caso notável, em maio de 2025, uma família no Arizona usou IA para criar um vídeo em que um homem falecido "fala" com o autor de seu homicídio durante um julgamento. Essa prática levanta questões éticas sobre identidade e privacidade.
Relações com IAs
O filme Her retrata um homem que se apaixona por um assistente virtual, uma narrativa que hoje reflete a realidade de muitos usuários que desenvolvem vínculos emocionais com IAs. Aplicativos como Replika permitem que pessoas criem companheiros virtuais, levando a um fenômeno conhecido como digissexualidade. Casos de casamentos simbólicos com chatbots e relacionamentos íntimos com IAs têm se tornado comuns, mostrando a profundidade dessas interações.
Vigilância Preditiva
Por outro lado, a vigilância preditiva, como vista em Minority Report, já é uma realidade em vários países. Softwares de IA analisam dados para prever comportamentos suspeitos, mas essa abordagem gera preocupações sobre viés racial e invasão de privacidade. Um exemplo é o caso do condado de Pasco, na Flórida, onde a polícia admitiu violar a Constituição ao manter uma lista de indivíduos considerados propensos a cometer crimes, resultando em abordagens abusivas.
Armas Autônomas
Além disso, a ficção também antecipa o uso de armas autônomas. Embora um apocalipse robótico ainda seja ficção, drones armados já operam em vários países. A falta de supervisão humana nessas operações levanta preocupações sobre responsabilidade legal. O secretário-geral da ONU, António Guterres, propôs um tratado para proibir o uso de armamentos autônomos até 2026.
Essas inovações tecnológicas, que antes pareciam distantes, estão moldando o presente e levantando debates éticos sobre o futuro da humanidade em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia.
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