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17 de jul 2025

Amor e tecnologia: como a inteligência artificial transforma relacionamentos modernos

Debates sobre a autonomia de robôs e suas implicações éticas ganham força com o aumento de casamentos entre humanos e máquinas.

MIKEL JASO (Foto: MIKEL JASO)

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A inteligência artificial (IA), que teve seu marco inicial na conferência de Dartmouth em 1955, continua a gerar debates intensos sobre sua autonomia e implicações éticas. O conceito, introduzido por John McCarthy, visava criar máquinas que interagem de forma tão inteligente com humanos que se torna difícil distinguir entre ambos. O famoso "teste de Turing" surgiu como um critério para essa interação.

Recentemente, questões éticas emergiram, especialmente em relação a casamentos entre humanos e robôs. O primeiro registro desse tipo de união ocorreu em 2017, quando o engenheiro chinês Zheng Jiajia se casou com um robô que ele mesmo criou. Essa situação levanta questionamentos sobre a natureza das relações amorosas e a verdadeira autonomia dos sistemas inteligentes.

A Autonomia das Máquinas

A autonomia, frequentemente discutida em relação a veículos e sistemas de armas autônomos, é um tema controverso. Embora esses sistemas possam operar sem intervenção humana constante, a programação inicial ainda é feita por humanos. Essa distinção é crucial, pois a autonomia funcional não implica autonomia ontológica ou ética. Robôs funcionam como se fossem autônomos, mas não possuem a capacidade de decisão moral que caracteriza os seres humanos.

A discussão sobre a natureza das relações amorosas com robôs também é complexa. A capacidade de um robô de simular emoções levanta a questão: é possível amar algo que foi programado para isso? Especialistas indicam que, embora os robôs possam agir de forma convincente, a verdadeira comunicação e a construção de vínculos humanos são insubstituíveis.

Implicações Éticas e Sociais

A crescente aceitação de relacionamentos com robôs, como demonstrado pelo casamento de Akihiko Kondo com a cantora holográfica Hatsune Miku, reflete uma mudança nas dinâmicas sociais. Essa tendência pode enfraquecer os laços interpessoais, levando a uma sociedade onde as interações humanas são substituídas por conexões com máquinas.

A filósofa Adela Cortina destaca a necessidade de uma ética para a IA, enfatizando que a tecnologia deve ser uma aliada, mas não um substituto das relações humanas. O desafio é equilibrar os benefícios da IA com a preservação da dignidade e autonomia humanas, evitando que a dependência de máquinas comprometa a essência do que significa ser humano.

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