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16 de jul 2025

Brasil registra queda de 78% nos casos de dengue em 2024, com 1,2 milhão até julho

Brasil registra queda de 78% nos casos de dengue em 2025, mas mortes ainda são preocupantes, com coeficiente de 695,8 por 100 mil habitantes.

Mosquito Aedes Aegypti é o transmissor de arboviroses como dengue e chikungunya (Foto: Luis Robayo - 2.abr.25/AFP)

Mosquito Aedes Aegypti é o transmissor de arboviroses como dengue e chikungunya (Foto: Luis Robayo - 2.abr.25/AFP)

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Nos primeiros seis meses de 2025, o Brasil registrou uma queda de 78% nos casos de dengue em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram 1,2 milhão de casos confirmados e 1.437 mortes até junho, em contraste com os 5,6 milhões de casos e 6.297 óbitos registrados em 2024, que foi um ano histórico para a doença.

Especialistas atribuem essa redução ao aumento da imunidade na população, resultante do grande número de infecções em 2024. Kleber Luz, professor do Instituto de Medicina Tropical da UFRN, explica que a diminuição de suscetíveis ao sorotipo 2 do vírus contribuiu para a queda nos novos casos. Ele destaca que, após um ano tão atípico, 2024 não deve ser usado como referência para análises futuras.

Apesar da diminuição, o número de mortes ainda é alarmante, com um coeficiente de incidência de 695,8 por 100 mil habitantes. Quando esse índice ultrapassa 300, a região é considerada epidêmica pela OMS. A região Sudeste concentra 69,5% dos casos prováveis, com São Paulo apresentando o maior coeficiente de incidência do país, 1.840,1.

Preocupações com o Sorotipo 3

A dengue é uma doença com quatro sorotipos, e a possibilidade de reinfecção pode resultar em quadros mais graves. Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, alerta que a segunda infecção, especialmente por um sorotipo diferente, pode ser mais severa. Desde 2014, os tipos 1 e 2 têm sido os mais prevalentes, mas o ressurgimento do tipo 3 em 2024 trouxe preocupações adicionais.

Embora o tipo 3 tenha sido identificado em outros países da América Latina, sua circulação no Brasil não se intensificou até agora. A Organização Pan-Americana da Saúde já havia emitido alertas sobre o aumento do risco de surtos na região. A situação atual, com a queda nos casos, é um alívio, mas a vigilância continua necessária, especialmente com a possibilidade de novos surtos no futuro.

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