Nestlé planeja restaurar 8.000 hectares de biomas e beneficiar produtores no Brasil

A Nestlé Brasil anunciou parcerias com a re.green e a Barry Callebaut para projetos de restauração ambiental que abrangem 8.000 hectares e a plantação de 11 milhões de árvores em regiões cafeeiras da Bahia e do Pará. Essas iniciativas visam fortalecer o compromisso da empresa em se tornar Net Zero até 2050, alinhando-se a outras ações sustentáveis já em andamento.

Os projetos incluem a conversão de áreas em florestas nativas e sistemas agroflorestais, com um compromisso de preservação que varia de 25 a 30 anos. Barbara Sapunar, diretora executiva de Business Transformation e ESG da Nestlé Brasil, destacou que a estratégia vai além da simples remoção de carbono, buscando regenerar áreas que abastecem a empresa e aumentar a resiliência das cadeias de suprimentos.

Detalhes dos Projetos

A parceria com a re.green visa restaurar 2.000 hectares no sul da Bahia, com o plantio de 3,3 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica. O projeto, com duração inicial de 30 anos, deve gerar cerca de 880.000 créditos de carbono certificados. Thiago Picolo, CEO da re.green, enfatizou que a preservação deve ser perpétua, com uma parceria que se estenderá por 50 anos.

Por outro lado, a colaboração com a Barry Callebaut focará na restauração de 6.000 hectares de Mata Atlântica e Amazônia, incluindo sistemas agroflorestais com cacau. O projeto prevê o plantio de 7,7 milhões de mudas, que serão cultivadas por pelo menos 25 anos. Raony Penteado, gerente comercial de Sustentabilidade da Barry Callebaut, mencionou que a adesão dos produtores será incentivada por meio de um sistema de pagamento por serviços ambientais.

Impactos e Expectativas

Ambas as iniciativas têm como objetivo não apenas a recuperação ambiental, mas também a promoção de benefícios sociais e econômicos para as comunidades locais. A expectativa é que o programa remova cerca de 600 mil toneladas de CO2 ao longo de sua execução. A verificação do progresso será realizada anualmente e, posteriormente, a cada três anos, por uma certificadora externa, garantindo a integridade dos projetos de restauração.