22 de jul 2025
Cientistas revelam como analisam a composição do Sol sem visitá-lo
Análise da luz solar revela composição do Sol, essencial para entender sua energia e proteger tecnologia na Terra.

Saber do que o Sol é feito, mesmo sem nunca ter ido até lá, não é mágica nem chute: é ciência. (Foto: Arek/Adobe Stock)
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Recentemente, um vídeo viral no TikTok levantou a questão: como sabemos do que o Sol é feito se ninguém jamais coletou uma amostra dele? Essa dúvida, embora comum, destaca a complexidade da ciência que estuda fenômenos distantes. A resposta está na análise da luz solar, que revela a composição do astro.
A luz emitida pelo Sol é composta por diferentes radiações, incluindo luz visível e ondas invisíveis, como ultravioleta e infravermelho. Isaac Newton demonstrou que a luz pode ser decomposta em espectros usando um prisma. Cada elemento químico emite luz em padrões específicos, criando uma "impressão digital" luminosa que pode ser analisada por espectroscópios. Essa técnica permitiu identificar elementos como hidrogênio e hélio, o último descoberto durante um eclipse em 1868.
Avanços Tecnológicos
Atualmente, os espectrômetros são ferramentas sofisticadas que detectam variações sutis nos espectros da luz solar, permitindo identificar elementos em quantidades mínimas, mesmo a 150 milhões de quilômetros de distância. Dados são coletados por radiotelescópios e sondas espaciais, como a Sonda Solar Parker da NASA. A composição do Sol é aproximadamente 74,9% hidrogênio, 23,8% hélio e uma pequena fração de outros elementos, como oxigênio e carbono.
Compreender a composição solar é crucial, pois revela como o Sol gera energia por meio da fusão nuclear. Esse processo, que funde núcleos de hidrogênio em hélio, libera enormes quantidades de energia. Além disso, monitorar a atividade solar é vital para proteger a infraestrutura tecnológica da Terra, já que explosões solares podem danificar sistemas de comunicação.
Contribuições Científicas
Pesquisadores brasileiros, como os da PUC-Rio, têm contribuído para o entendimento da química do espaço. Seus laboratórios simulam condições extremas do ambiente espacial, permitindo estudar reações químicas que podem ocorrer em cometas e luas geladas. Esses estudos ajudam a prever a existência de compostos no espaço e suas implicações para a vida fora da Terra.
Assim, a ciência avança por meio de observações, simulações e comparações. Entender a composição do Sol, mesmo sem ir até ele, é um exemplo de como a curiosidade humana e a tecnologia podem expandir nosso conhecimento sobre o universo.
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