23 de jul 2025
Gripe aviária no BioParque do Rio gera preocupações sobre saúde humana
BioParque do Rio interdita área após confirmação de gripe aviária em galinhas d'Angola; monitoramento de pessoas expostas está em andamento.

Fachada do BioParque do Rio, em São Cristóvão (Foto: Divulgação / Riotur)
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O BioParque do Rio confirmou a infecção por gripe aviária em nove galinhas-d'Angola, levando à interdição da área da Savana Africana por 14 dias. A medida visa garantir a biossegurança após a análise das amostras pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA). As demais áreas do parque reabrirão ao público a partir de quinta-feira.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio (SES-RJ) informou que pessoas expostas aos animais estão sendo monitoradas, mas não há casos humanos suspeitos até o momento. A gripe aviária, causada por cepas do vírus influenza, foi detectada pela primeira vez no Brasil em maio de 2023, em aves silvestres. A transmissão para humanos é considerada rara e ocorre principalmente em pessoas que manuseiam aves infectadas.
A virologista Helena Lage, da Universidade de São Paulo (USP), destaca que o risco de contaminação para a população em geral é baixo. A transmissão entre humanos ainda não foi registrada, e a infecção ocorre esporadicamente. A médica Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, alerta que o vírus precisaria passar por mutações para se adaptar aos humanos, o que poderia aumentar o risco de uma nova pandemia.
As autoridades de saúde reforçam que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos de aves. O contato próximo com aves infectadas, saliva e fezes são as principais formas de contaminação. Os sintomas em humanos podem incluir febre, tosse e, em casos raros, diarreia e vômito. O tratamento pode envolver o antiviral oseltamivir, conhecido como Tamiflu.
No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou uma parceria com o Instituto Butantan para desenvolver uma vacina contra a gripe aviária para humanos, com capacidade de produção superior a 30 milhões de doses anuais. A vacina está em fase de testes clínicos e visa criar um estoque estratégico para possíveis surtos futuros.
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