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25 de jul 2025

Homem com ELA recupera a voz e revive a emoção de ser ouvido novamente

Paciente recupera a fala após quatro anos com tecnologia de interface cérebro computador que decodifica sinais neurais em tempo real.

Casey Harrel utiliza o BCI em frente ao computador, em uma imagem fornecida pela Universidade da Califórnia. (Foto: Universidade da Califórnia)

Casey Harrel utiliza o BCI em frente ao computador, em uma imagem fornecida pela Universidade da Califórnia. (Foto: Universidade da Califórnia)

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A tecnologia de interfaces cérebro-computador (BCI) avança, permitindo que pessoas com dificuldades de comunicação, como os pacientes de esclerose lateral amiotrófica (ALS), se comuniquem de forma mais eficaz. Um exemplo recente é o caso de Casey Harrel, um californiano de 45 anos que recuperou a capacidade de falar após quatro anos de silêncio, devido à ALS. O feito foi possível graças a um BCI desenvolvido na Universidade da Califórnia, Davis, que decodifica sinais neurais em tempo real.

Durante um teste, Harrel ouviu sua própria voz pela primeira vez em anos, provocando uma forte emoção em sua família e na equipe de pesquisadores. O dispositivo, que utiliza 256 eletrodos de 1,5 milímetros implantados na região do córtex cerebral responsável pela fala, interpreta os sinais neurais e reproduz a voz do paciente com sua entonação e estilo. "Soa muito como eu", afirmou Harrel, emocionado.

O sistema desenvolvido não apenas converte sinais cerebrais em texto, mas também permite uma comunicação mais fluida, com um tempo de resposta de aproximadamente 25 milissegundos, semelhante ao de uma pessoa comum. A equipe de pesquisa, liderada por Maitreyee Wairagkar, destaca que a tecnologia é a primeira a permitir que um paciente fale em suas próprias palavras, ao invés de apenas exibir texto na tela.

O algoritmo inovador do BCI decodifica fonemas em vez de palavras inteiras, o que melhora a fluidez da comunicação. Harrel, que antes se comunicava com dificuldade, utilizando um mouse giroscópico para escrever letra por letra, agora se sente mais conectado. A equipe visita o paciente duas vezes por semana para continuar os experimentos, que fazem parte do ensaio clínico BrainGate2.

Os pesquisadores pretendem expandir os testes para outros pacientes com condições semelhantes, como aqueles que sofreram AVC. Wairagkar enfatiza que cada caso é único e que a tecnologia pode ser adaptada para diferentes tipos de dificuldades de fala. O objetivo é que mais pessoas tenham acesso a essa inovação, que pode transformar a vida de quem enfrenta a solidão da falta de comunicação.

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