25 de jul 2025
James Webb descarta 'gás da vida' em exoplaneta a 124 anos-luz da Terra
NASA confirma água em K2 18b, mas ausência de dimetil sulfeto levanta dúvidas sobre a possibilidade de vida no exoplaneta.

Impressão artística do exoplaneta K2-18b. Um novo estudo confirma que se trata de um mundo rico em água, mas levanta dúvidas sobre sugestões anteriores de que abrigava vida (Foto: N. Madhusudhan/Universidade de Cambridge, via Agence France-Presse).
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Em abril, cientistas da Universidade de Cambridge anunciaram indícios de vida no exoplaneta K2-18b, localizado a 124 anos-luz da Terra. O anúncio gerou ceticismo entre astrônomos, que questionaram a validade das evidências apresentadas. Recentemente, a NASA confirmou a presença de água em K2-18b, mas não encontrou provas conclusivas do gás dimetil sulfeto (DMS), considerado uma possível bioassinatura.
Novas Descobertas
As novas observações foram realizadas com o telescópio James Webb, permitindo uma análise mais detalhada da atmosfera do exoplaneta. A equipe da NASA, liderada por Renyu Hu, revelou que K2-18b possui metano e dióxido de carbono em sua atmosfera, além de sugerir que até metade da massa do planeta pode ser composta de água. Hu destacou que o planeta é "um mundo bastante rico em água", embora a forma exata dessa água ainda não esteja clara.
No estudo inicial, os cientistas de Cambridge sugeriram que o DMS poderia indicar a presença de vida, já que na Terra esse gás é produzido apenas por organismos vivos. No entanto, a equipe da NASA argumentou que, mesmo que o DMS estivesse presente, ele poderia ser resultado de processos químicos não biológicos. Jacob Bean, astrônomo da Universidade de Chicago, afirmou que "as bioassinaturas serão difíceis de identificar", independentemente do tipo de planeta.
Implicações Futuras
As observações de K2-18b continuam a ser um foco de interesse, com a possibilidade de que mais dados possam esclarecer a composição atmosférica do exoplaneta. A pesquisa em andamento promete aprofundar o entendimento sobre ambientes com água líquida fora do Sistema Solar, mas não fornece evidências concretas de vida extraterrestre.
A equipe da NASA e o grupo de Cambridge colaboraram para analisar todas as observações feitas até agora de K2-18b, buscando uma imagem mais clara. Embora o DMS não tenha sido detectado, a atmosfera do planeta é considerada profundamente diferente da da Terra, o que levanta novas questões sobre a possibilidade de vida em outros mundos.
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