Casa suspensa no Guarujá preserva vegetação nativa da Mata Atlântica

A construção de uma nova residência no Guarujá, projetada pelo arquiteto Marcio Kogan e sua equipe, destaca-se por sua integração com a natureza. A casa, suspensa a 11 metros de altura e apoiada em 15 pilotis, ocupa uma clareira em um terreno íngreme de 1.900 m², respeitando as normas de preservação ambiental do condomínio Iporanga.

Com 785 m² distribuídos em dois andares, a residência foi projetada para minimizar o impacto ambiental. O acesso é feito por uma ponte de concreto inclinada, levando a uma entrada lateral que dá acesso a cinco suítes. Kogan explica que a disposição dos ambientes foi pensada para não perturbar a natureza local. A cozinha e a área social foram posicionadas no andar superior, proporcionando vistas para o mar.

Design e Funcionalidade

A estrutura da casa é uma metáfora da natureza, com a disposição dos quartos representando a copa de uma árvore. Os banheiros das suítes são ventilados naturalmente, utilizando cobogós. A circulação interna foi planejada para manter o contato com a natureza, evitando corredores fechados. Uma escada em espiral conecta os andares, enquanto o piso superior abriga um living cercado por painéis de vidro.

A piscina, elevada em 55 cm e subembutida, oferece um espaço para relaxamento com vista panorâmica. O projeto também aproveitou o espaço abaixo da casa para criar uma área de lazer com churrasqueira, sauna e espelho d'água, respeitando as características do terreno.

Materiais e Estilo

Os arquitetos optaram por um pé-direito de 2,60 m, criando ambientes aconchegantes. O uso de concreto aparente e madeira clara proporciona calor aos espaços. O mobiliário foi escolhido para complementar o acervo de peças brasileiras da proprietária. Kogan ressalta que a casa é uma celebração da rica natureza e diversidade cultural do Brasil, refletindo um compromisso com a sustentabilidade e a harmonia com o meio ambiente.