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04 de ago 2025

Ted Chiang alerta que uso de ChatGPT pode ser cúmplice de crime em palestra em SP

Ted Chiang alerta sobre os riscos da inteligência artificial na arte e defende a importância da intenção humana na criação artística

O escritor Ted Chiang (Foto: Alvaro Villarrubia/Divulgação)

O escritor Ted Chiang (Foto: Alvaro Villarrubia/Divulgação)

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Ted Chiang, autor renomado de ficção científica, criticou o uso de inteligência artificial (IA) na arte durante sua recente visita ao Brasil. Em palestra realizada em São Paulo, ele abordou o impacto da IA na linguagem e no storytelling, defendendo que a criação artística exige esforço e intenção humana.

Chiang, que ganhou prêmios como Hugo e Nebula, é conhecido por suas obras que exploram temas como linguagem e consciência. Ele publicou duas coletâneas no Brasil, "Expiração" e "História da sua Vida e Outros Contos", sendo este último a base do filme "A Chegada". Em seu ensaio "Por que a IA não vai fazer arte", publicado na New Yorker, o autor argumenta que a verdadeira arte não pode ser gerada por máquinas, pois carece da conexão emocional que um artista humano proporciona.

Durante a palestra, Chiang destacou que não utiliza modelos de linguagem como o ChatGPT, citando preocupações éticas e ambientais. Ele se descreveu como um "vegano de LLM", afirmando que o uso dessas tecnologias o faria sentir-se cúmplice de um crime, devido à exploração da mão de obra e ao roubo de propriedade intelectual. Para ele, escrever é um processo de autodescoberta, e não vê como uma ferramenta digital poderia ajudá-lo nesse aspecto.

A Conexão Humana na Arte

Chiang enfatizou que a arte é uma forma de conexão entre humanos, algo que a IA não consegue replicar. Ele questionou o valor das obras geradas por IA, sugerindo que elas podem ser usadas para fins comerciais, mas não como arte genuína. O autor argumentou que a intenção e o esforço são fundamentais na criação artística, e que a facilidade prometida pelas empresas de IA não se alinha com a verdadeira essência da arte.

Além disso, Chiang observou que a IA pode ter um papel na produção cultural, especialmente no cinema, onde os custos e barreiras de entrada são altos. Ele acredita que a ficção científica frequentemente retrata a IA de forma enganosa, apresentando-a como uma entidade com desejos próprios, o que não reflete a realidade da tecnologia atual.

A palestra de Chiang, organizada pela agência de comunicação Pina, atraiu grande interesse e esgotou os ingressos, evidenciando a relevância de suas ideias sobre o futuro da arte e da narrativa em um mundo cada vez mais influenciado pela tecnologia.

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