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05 de ago 2025

Fósseis de hominídeos de 300 mil anos na China revelam traços de Homo sapiens

Descoberta de dentes em Hualongdong revela cruzamentos entre Homo erectus e Homo sapiens, desafiando a visão tradicional da evolução humana na Ásia

Além de dentes, ossos como restos cranianos, um maxila parcial e fragmentos de fêmur também foram encontrados no sítio arqueológico (Foto: Divulgação/CENIEH)

Além de dentes, ossos como restos cranianos, um maxila parcial e fragmentos de fêmur também foram encontrados no sítio arqueológico (Foto: Divulgação/CENIEH)

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Dentes humanos descobertos em Hualongdong, no sul da China, oferecem novas evidências sobre a evolução dos hominídeos na região, datando de aproximadamente 300 mil anos. A pesquisa, realizada pelo Centro Nacional de Investigación sobre la Evolución Humana (CENIEH) e o Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia (IVPP), revelou uma combinação única de características primitivas e modernas nos restos encontrados.

Os pesquisadores inicialmente acreditavam que os ossos pertenciam ao Homo erectus, uma espécie que habitou a Terra por milhões de anos. No entanto, a análise de 21 exemplares dentários mostrou uma complexidade maior, com traços arcaicos, como raízes dentárias robustas, misturados a características mais modernas. Essa descoberta sugere que houve cruzamentos entre Homo erectus e Homo sapiens na Ásia, desafiando a visão tradicional da evolução linear.

O estudo, publicado na revista Journal of Human Evolution, descartou a possibilidade de que as características dentárias fossem típicas dos neandertais, indicando que um grupo diferente pode ter influenciado a evolução dos hominídeos na região. O tamanho reduzido de alguns molares sugere que a população de Hualongdong possuía traços faciais semelhantes aos de Homo sapiens, que surgiram mais tarde.

María Martinón-Torres, uma das autoras do estudo, comentou que a descoberta representa um mosaico de traços evolutivos, revelando que a evolução humana na Ásia foi mais complexa do que se pensava. A pesquisa reforça a ideia de que a região abrigou múltiplos experimentos evolutivos, resultando em uma diversidade anatômica única entre os hominídeos.

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