Gigantes do setor privado se unem para impulsionar soluções verdes no Brasil antes da COP30

O Brasil se prepara para a COP30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém do Pará, destacando sua relevância na agenda climática global. Em um esforço conjunto, seis grandes empresas brasileiras lançaram a iniciativa C.A.S.E. (Climate Action Solutions & Engagement), com o objetivo de promover soluções climáticas já implementadas e atrair investimentos.

A C.A.S.E. foi oficialmente apresentada durante a São Paulo Climate Week e busca evidenciar práticas sustentáveis que podem ser replicadas em outros países. A iniciativa é liderada por empresas como Bradesco, Itaú Unibanco, Natura, Nestlé e Vale, e se alinha a sete pilares estratégicos, incluindo financiamento climático e transição energética. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, ressaltou a importância do setor privado nesse contexto, afirmando que a C.A.S.E. contribuirá significativamente para os objetivos da conferência.

Foco em Soluções Sustentáveis

A jornada da C.A.S.E. começará em São Paulo e se estenderá por eventos climáticos ao redor do mundo, incluindo as Climate Weeks do Rio de Janeiro e Nova York. Na COP30, a iniciativa terá um espaço dedicado para apresentar soluções climáticas, além de promover painéis e workshops sobre o papel do setor privado no combate à crise climática. Ana Toni, CEO da COP30, destacou que o lançamento reflete o "espírito de mutirão" que o Brasil busca, enfatizando a necessidade de inovação e recursos para enfrentar os desafios climáticos.

Empresas como a Nestlé já implementam práticas de agricultura regenerativa, superando metas estabelecidas. Gustavo Chiarini Bastos, vice-presidente da Nestlé Brasil, afirmou que a iniciativa demonstra que é possível aliar viabilidade econômica e sustentabilidade. A Natura, com sua longa trajetória na Amazônia, também busca dar visibilidade às comunidades locais e suas práticas sustentáveis.

Colaboração e Legado

A união das empresas não é apenas simbólica, mas representa um esforço conjunto para a transição para uma economia de baixo carbono. Silvana Machado, do Bradesco, enfatizou a importância de desenvolver novos mecanismos de financiamento para soluções climáticas. Os executivos concordam que o Brasil possui uma vantagem competitiva única, com ações em andamento que não são vistas em outros lugares.

A C.A.S.E. não apenas visa atrair investimentos, mas também deixar um legado duradouro após a COP30, com ações que continuarão a ser desenvolvidas nos próximos anos. A iniciativa é um passo importante para posicionar o Brasil como um líder na agenda climática global, mostrando que o país está preparado para enfrentar os desafios climáticos com soluções inovadoras e sustentáveis.