29 de jan 2025
Alta dos juros impacta setores; relatório aponta 7 ações promissoras para investidores
Setores como transportes e agronegócios enfrentam alta alavancagem financeira. Relatório da XP prevê quedas significativas de lucros para setores afetados. Expectativa de Selic a 15,50% até junho de 2024 impacta mercado financeiro. Setores de bens de capital e papel & celulose devem ter desempenho melhor. XP selecionou ações com baixa alavancagem para se beneficiar da alta de juros.
Foto:Reprodução
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Empresas de setores que demandam alto capital, como transportes, propriedades comerciais e agronegócios, enfrentam desafios significativos com o aumento da taxa de juros. Um relatório da XP, coordenado por Fernando Ferreira e Camila Dolle, destaca que essas indústrias são mais vulneráveis devido à alta alavancagem financeira e à dependência de empréstimos atrelados ao CDI, que tende a aumentar quando os juros sobem. O documento aponta que o setor de propriedades comerciais pode ver uma queda de lucros entre 9,0% e 17,1% em 2025, caso o CDI alcance 14,5% a 17,5%.
O relatório também revela que a maioria do mercado espera um aumento de 1 ponto percentual na Selic, elevando-a para 13,25%. Para o restante do ano, as projeções indicam um total de 0,75 ponto percentual a mais, levando a Selic a 15% até dezembro. A XP prevê que a taxa atinja 15,50% em junho de 2024, com a necessidade de um ajuste monetário mais rigoroso para controlar a inflação e estabilizar a taxa de câmbio.
Por outro lado, setores como bens de capital, óleo e gás, e papel e celulose devem sofrer menos com essa alta. O relatório estima que o setor de bens de capital pode ter um aumento de lucros entre 1,2% e 2,0% em 2025, enquanto óleo e gás podem ter uma leve queda de até 0,6%. A diversificação das dívidas e a proteção em dólar são fatores que ajudam essas indústrias a mitigar os impactos da alta de juros.
A XP também identificou sete ações com baixa alavancagem financeira que podem se sair bem nesse cenário. Essas empresas foram selecionadas com base em critérios como a solidez do fluxo de caixa e a proteção contra a inflação, além de terem apresentado uma queda superior a 20% nas últimas 52 semanas e uma revisão positiva de lucros nos últimos três meses.
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