30 de jan 2025
Taxas dos DIs despencam e dólar fecha a R$ 5,85 após declarações de Lula e Copom
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 13,25%, sinalizando nova alta em março. O fechamento de 535.547 empregos formais em dezembro indica desaceleração econômica. O dólar caiu 0,24%, marcando a nona queda consecutiva, a maior desde julho de 2017. Lula defendeu o ministro da Fazenda e o novo presidente do BC, minimizando pressões. Expectativas sobre a ata do Copom geram ansiedade no mercado, com viés de baixa nas taxas.
Foto:Reprodução
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As taxas dos DIs apresentaram uma queda significativa nesta quinta-feira, 30 de janeiro de 2024, em resposta ao comunicado de política monetária do Banco Central (BC) e ao fechamento de mais de meio milhão de empregos formais em dezembro. A taxa do DI para julho de 2025 caiu para 14,085%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 recuou para 14,915%. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 100 pontos-base, para 13,25%, e indicou uma nova alta na mesma magnitude em março, mas não se comprometeu para a reunião de maio, o que foi interpretado como um sinal dovish pelo mercado.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que o Brasil fechou 535.547 vagas formais em dezembro, superando as expectativas de economistas. Essa desaceleração econômica reforçou a percepção de que o Copom pode reduzir o ritmo de alta de juros após março. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e afirmou que o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, não pode fazer mudanças drásticas na política monetária. Lula expressou confiança em Galípolo e destacou a necessidade de paciência em relação à política de juros.
O dólar, que começou o dia próximo da estabilidade, subiu após o aumento da Selic, mas encerrou a sessão em queda de 0,24%, cotado a R$ 5,85. Essa marca representa a nona queda consecutiva da moeda americana, a maior sequência desde julho de 2017. O movimento foi influenciado por leilões de dólares realizados pelo BC e pela postura do presidente Lula, que reafirmou a independência do BC e a necessidade de um ajuste nos preços do diesel pela Petrobras.
Os investidores aguardam a ata da reunião do Copom, que será divulgada na próxima terça-feira. Apesar da alta da Selic já esperada, analistas acreditam que o comunicado pode ter dado margem para uma interpretação mais branda em relação à inflação. O economista Luis Otávio Leal defendeu que a leitura do BC está correta e que o tom da ata deverá ser mais firme. As declarações de Lula sobre a política fiscal e a confiança em Galípolo também influenciaram o mercado, que se mostrou mais otimista em relação aos ativos de maior risco.
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