BofA aponta queda das ações da JBS como oportunidade de compra com cinco razões-chave

As ações da JBS (JBSS3) apresentaram uma queda de 15% em 2024, contrastando com a alta de aproximadamente 6% do Ibovespa. Segundo o Bank of America, esse desempenho inferior é atribuído à realização de lucros após um aumento de 60% nas ações da empresa, à valorização de 8% do real e a riscos nas margens do frango no Brasil. Apesar disso, o banco vê uma oportunidade de compra e mantém a recomendação de compra para a JBS, destacando-a como a melhor escolha entre as empresas de alimentos da América Latina.

Os analistas do BofA revisaram suas estimativas, reduzindo a projeção de lucro por ação para R$ 5,76 em 2025, de R$ 5,97, devido a um aumento nos investimentos em capital (capex). O preço-alvo foi ajustado de R$ 50 para R$ 48, ainda indicando um potencial de alta de 52%. O banco ressalta cinco motivos para considerar a compra das ações da JBS, começando pela resiliência dos lucros, que se beneficiam da diversificação dos negócios, prevendo um Ebitda anual de cerca de R$ 35 bilhões entre 2024 e 2026.

Além disso, o BofA aponta que a JBS possui oportunidades de crescimento significativas, tanto de forma orgânica quanto por meio de aquisições estratégicas. O balanço patrimonial da empresa é considerado sólido, com uma relação dívida líquida/Ebitda em torno de 2 vezes, o que deve apoiar sua estratégia de crescimento e distribuição de caixa. Os dividendos também são destacados, com um dividend yield estimado em 8,4% para 2025.

Por fim, a avaliação da JBS é considerada atrativa, uma vez que suas ações estão negociadas com desconto em relação aos concorrentes. A possibilidade de uma listagem nos Estados Unidos é vista como um fator adicional que pode aumentar o potencial de valorização da empresa, segundo a análise do Bank of America.