Tesouro Nacional planeja lançar 'poupança de emergência' para pequenos investidores

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou a importância de prestar contas aos investidores pessoa física em um cenário macroeconômico desafiador. Em fevereiro de 2025, o Tesouro Direto alcançou três milhões de clientes ativos, com a meta de chegar a cinco milhões até o fim do ano. Para isso, o Tesouro planeja lançar novos produtos, incluindo uma "poupança de emergência", que será pós-fixada e terá uma aplicação mínima inferior a R$ 160, visando facilitar o acesso ao pequeno investidor.

Ceron também mencionou a regulamentação que permitirá que os recursos do Programa Pé-de-Meia, destinado a incentivar a permanência dos alunos na escola, possam ser investidos no Tesouro Direto. Ele abordou os desafios enfrentados, como o aumento das taxas dos títulos públicos e o recorde de resgates antecipados em 2024, onde 62% dos resgates foram de papéis do Tesouro Selic. O secretário enfatizou que o Tesouro não pretende intervir nas taxas, mas sim corrigir disfuncionalidades pontuais no mercado.

Em relação à educação financeira, Ceron afirmou que o novo produto "poupança de emergência" será mais simples e acessível. O Tesouro também promoveu a Olimpíada de Educação Financeira, focando no ensino médio, para formar jovens investidores. Ele observou que muitos resgates do Tesouro Selic foram estratégicos, com investidores reposicionando suas carteiras diante das altas taxas de juros.

Por fim, Ceron anunciou que o Tesouro Direto funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana, a partir do segundo semestre de 2024, para atender melhor os investidores. Ele também confirmou que os alunos poderão direcionar os recursos do Pé-de-Meia para o Tesouro Direto, aumentando a rentabilidade desses fundos. Além disso, novos produtos, como o Tesouro Direto Impacta, voltado para startups em educação financeira, estão previstos para 2025.