19 de mar 2025
Mulheres desbravam o setor financeiro e transformam o cenário das fintechs no Brasil
Ticiana Amorim, CEO da Aarin, destaca a falta de mulheres em liderança. Apenas 11% das mulheres no Brasil têm certificação em finanças. A fintech Onyx Capital, fundada por Verônica Pimentel, movimentou R$ 15 milhões. A CloQ, cofundada por Rafa Cavalcante, já realizou 18 mil operações de nano crédito. A inclusão feminina no setor financeiro depende de educação e mudança cultural.
Foto:Reprodução
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A baiana Ticiana Amorim, sócia-fundadora e CEO da Aarin, um hub tech-fin focado em pix e embedded finance, destacou sua trajetória em um pitch de startups promovido pelo Sebrae. Ao lembrar que estava entre seis homens no palco, ela enfatizou a dificuldade enfrentada por mulheres no setor financeiro, afirmando que é necessário demonstrar capacidade dobrada para ser reconhecida. Com cinco anos de atuação e um portfólio de 60 clientes, a Aarin movimenta cerca de R$ 7 bilhões anualmente e planeja expandir internacionalmente.
A participação feminina no mercado financeiro brasileiro é alarmantemente baixa, com apenas 11% das mulheres certificadas pela Chartered Financial Analyst e apenas 30% ocupando cargos de CFO, segundo dados do Fesa Group. Além disso, apenas 5% das mais de 12 mil startups ativas têm mulheres como fundadoras, conforme pesquisa da Distrito. Para Mariana Bonora, presidente da Associação Brasileira de Fintechs, a solução passa pela educação, incentivando meninas a se interessarem por números e tecnologia.
Verônica Pimentel, a gestora de investimentos mais jovem do Brasil, exemplifica como a formação em áreas exatas pode abrir portas. Com apenas 27 anos, ela fundou a Onyx Capital, que já movimentou cerca de R$ 15 milhões em um ano. Rafa Cavalcante, da fintech CloQ, também observa uma evolução no mercado, embora lenta, e destaca a importância de ter mulheres no setor para inspirar outras a enxergarem oportunidades.
Ingrid Barth, cofundadora da Pilotln, aponta a síndrome da impostora como um desafio a ser superado pelas mulheres. A fintech, que espera fechar o ano com 20 clientes, visa facilitar o acesso a produtos financeiros. Liliane Josua Czarny, co-CEO da ACG, acredita que a inclusão feminina trará benefícios significativos à gestão, ressaltando a importância da escuta ativa e da empatia nas discussões de negócios.
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