Selic a 14,25%: impacto nos fundos imobiliários e oportunidades no mercado financeiro
Taxa Selic a 14,25% gera movimento no mercado financeiro; enquanto fundos de papel se beneficiam, setor imobiliário enfrenta desafios.
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A recente elevação da taxa Selic para 14,25% impacta diretamente o mercado de investimentos, especialmente os fundos imobiliários (FIIs). Especialistas indicam que essa alta pode provocar uma saída de investidores dos fundos imobiliários, mas também abre oportunidades de compra, especialmente em fundos de tijolo, que estão com cotas descontadas. Felipe Ribeiro, do Clube FII, destaca que, embora a saída de pessoas físicas possa pressionar ainda mais os preços, muitos ativos continuam sólidos, refletindo apenas o cenário macroeconômico.
Os fundos de papel, que investem em ativos lastreados em créditos imobiliários, podem se beneficiar com a alta da Selic. Ribeiro observa que o aumento da taxa impacta positivamente os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) indexados ao CDI. Contudo, ele alerta para o risco de inadimplência, já que os devedores enfrentam dificuldades com o encarecimento do crédito. Artur Carneiro, da Éxes, reforça que a migração de investidores de volta para os FIIs já está em andamento, refletindo uma recuperação do índice Ifix, que subiu 4,8% no ano.
Por outro lado, os fundos de tijolo enfrentam desafios maiores, pois a alta de juros pode reduzir o consumo e aumentar as dívidas. Guilherme Sharovsky, da Bloxs Capital Partners, aponta que esses fundos estão com os maiores descontos em relação ao seu valor justo, tornando-se uma opção interessante para investidores de longo prazo. No entanto, Otmar Schenider, da Nord Investimentos, alerta sobre os riscos associados a fundos de desenvolvimento e high yield, que podem enfrentar problemas de caixa em um cenário de juros altos.
Apesar do aumento da Selic, o mercado imobiliário se mantém aquecido, com um crescimento de 11,8% nas vendas de novos imóveis em relação ao ano anterior. A expectativa é de que o setor continue a crescer, embora em um ritmo mais moderado. Especialistas como Nayara Técia, do Grupo ON Brokers, acreditam que ainda há oportunidades, especialmente para compradores à vista ou aqueles que optam por imóveis na planta. No entanto, Sylvio Pinheiro, da G-+P Soluções, considera que as taxas elevadas são prejudiciais, dificultando o acesso ao crédito e inviabilizando muitos negócios.
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