08 de abr 2025
Corte drástico: NSF reduz pela metade o número de bolsas de pesquisa para jovens cientistas
NSF reduz bolsas de pesquisa pela metade, preocupando futuros cientistas. O impacto pode ser devastador para carreiras em ciência.
Foto:Reprodução
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O Programa de Bolsas de Pesquisa de Pós-Graduação da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NSF) anunciou uma redução drástica no número de bolsas, passando de 2.000 para apenas 1.000, o que representa uma queda de cinquenta por cento. Este programa, que oferece apoio financeiro a jovens pesquisadores, é um dos principais financiadores de ciência básica no país. A taxa de sucesso entre os candidatos, que já era de apenas 16%, agora se torna ainda mais desafiadora.
Os bolsistas recebem um estipêndio anual de US$ 37.000 e cobertura de matrícula, sendo uma oportunidade crucial para muitos que estão iniciando suas carreiras acadêmicas. Rob Denton, biólogo da Universidade Marian, descreveu a situação como “um coração partido”, ressaltando que a concessão dessa bolsa pode ser decisiva para a permanência dos jovens cientistas na área. A NSF, que já havia enfrentado cortes em outros programas sob a administração de Donald Trump, agora vê sua capacidade de conceder prêmios ameaçada por uma possível redução de 28% no quadro de funcionários.
Além das mil bolsas, a NSF também reconheceu um número recorde de 3.018 candidatos como menções honrosas, uma distinção que não oferece financiamento, mas que pode valorizar o currículo dos pesquisadores. Essa alta quantidade de menções indica que havia muitos candidatos qualificados que não conseguiram a bolsa. Kenny Evans, especialista em política científica da Universidade Rice, criticou a decisão de cortar as bolsas, afirmando que os programas de bolsas são uma das formas mais eficazes de investimento em ciência.
A redução no número de bolsas marca um retrocesso significativo, especialmente considerando que em 2023 a NSF havia oferecido um recorde de 2.555 bolsas. A última vez que o número de bolsas foi inferior a mil foi em 2008. A situação atual levanta preocupações sobre o futuro da pesquisa científica nos Estados Unidos e a capacidade do país de manter um fluxo contínuo de novos talentos na ciência.
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