Air France-KLM reduz prejuízo no primeiro trimestre com demanda forte e custos menores

A Air France-KLM reportou um prejuízo operacional de € 328 milhões (US$ 374 milhões) no primeiro trimestre de 2025, uma redução de um terço em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia atribui essa melhora a cortes de custos e à forte demanda por viagens premium. A receita aumentou 7,7%, alcançando cerca de € 7,2 bilhões.

O grupo franco-holandês destacou que, embora o primeiro trimestre seja tradicionalmente desafiador para as companhias aéreas, a queda nos preços do petróleo ajudou a aliviar os custos com combustível, uma das principais despesas do setor. Apesar disso, a incerteza econômica global levanta preocupações sobre a demanda futura. A Air France-KLM mencionou que o "contexto cada vez mais incerto pode trazer ventos contrários adicionais no futuro".

Ajustes na Rede

A companhia pode ajustar sua rede de rotas para mitigar possíveis impactos negativos. As ações da Air France-KLM subiram até 4%, atingindo € 7,7 no pregão de Paris, embora a empresa tenha registrado uma queda de 5,8% em seu valor até agora em 2025, desempenho melhor que o índice Bloomberg World Airlines, que caiu cerca de 10%.

A empresa manteve sua previsão de aumento de capacidade entre 4% e 5% para o ano, com custos unitários projetados para crescer em uma porcentagem baixa de um dígito. No primeiro trimestre, os custos unitários aumentaram 2,1%, principalmente devido a taxas aeroportuárias e de controle de tráfego aéreo, mas a companhia conseguiu compensar isso com uma produtividade melhorada.

Demanda por Viagens Premium

A demanda por viagens premium, especialmente entre clientes de lazer, continua forte desde a pandemia. A Air France introduziu um novo produto de primeira classe, chamado La Première, em rotas como Paris-Nova York. O mercado transatlântico é monitorado de perto, com algumas companhias aéreas relatando uma desaceleração na demanda, especialmente entre turistas de baixo custo.

O CEO da Deutsche Lufthansa, Carsten Spohr, também mencionou uma leve diminuição nas reservas para os Estados Unidos, principalmente nas categorias de preços mais baixos. A Air France-KLM, por sua vez, observou que os rendimentos dos passageiros permanecem robustos, especialmente no Atlântico Norte, impulsionados pela demanda por assentos premium.