Renda das famílias cresce e combate à fome avança apesar da inflação de alimentos

Nos últimos meses, a inflação de alimentos superou a inflação geral no Brasil, levando os consumidores a mudarem seus hábitos. Contudo, a demanda por alimentos se manteve estável. A Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Contínua (PNADC) revelou que, em 2024, a renda domiciliar per capita cresceu 10%, superando a inflação dos alimentos, que foi de 8%. Isso resultou em uma redução de 85% no número de brasileiros em situação de fome, passando de 17,2 milhões para 2,5 milhões.

A alta da inflação dos alimentos tem raízes em diversos fatores, como quebras de safras devido a eventos climáticos, depreciação cambial e sazonalidade de produtos. Apesar dos preços elevados, o consumo de alimentos não caiu. A renda das famílias, impulsionada por aumentos salariais e programas sociais, permitiu que muitos brasileiros mantivessem o acesso à alimentação.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacou que a renda dos mais pobres cresceu quase 19% no último ano. Essa evolução no poder de compra é crucial para entender a dinâmica do consumo. O aumento da renda, aliado a um mercado de trabalho em recuperação, resultou em mais pessoas com acesso a alimentos adequados.

O cenário econômico também é positivo, com o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescendo 6,7% em termos reais entre 2023 e 2024. O emprego formal e informal aumentou, e a taxa de desemprego atingiu um mínimo histórico. O reajuste do salário mínimo acima da inflação e a reformulação do Bolsa Família contribuíram para a melhoria das condições de vida da população mais vulnerável.

Esses fatores combinados mostram que, apesar da inflação, mais brasileiros estão se alimentando adequadamente, refletindo um avanço significativo na luta contra a fome no país.