29 de mai 2025
Brasil se beneficia da guerra comercial e crise do agro nos EUA, afirma especialista
Brasil se destaca como fornecedor agrícola em meio à crise dos EUA, com oportunidades para parcerias e novos acordos no comércio global.
Foto:Reprodução
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O Brasil se posiciona como um fornecedor estratégico de produtos agrícolas, especialmente em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China. André Pessôa, CEO da Agroconsult, destacou que a crise de rentabilidade na agricultura americana abre novas oportunidades para o agronegócio brasileiro. Durante evento da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), realizado em São Paulo, Pessôa afirmou que o Brasil deve buscar parcerias de longo prazo e um papel ativo nas novas regras do comércio global.
Oportunidades no cenário atual são evidentes, segundo Pessôa. Ele mencionou que o aumento de tarifas sobre produtos americanos pode beneficiar o Brasil, especialmente se essas taxas se mantiverem até a próxima safra nos EUA. Contudo, o foco deve ser em como o Brasil pode se consolidar como um fornecedor confiável, especialmente com a perda de confiança dos EUA em alguns de seus clientes estratégicos.
Pessôa lembrou que, durante a última disputa tarifária entre as duas potências, o Brasil foi um dos principais beneficiados. No entanto, a China agora está mais preparada, com estoques elevados de soja, milho e carnes. Apesar de prever um impacto positivo nos preços e prêmios para os produtores brasileiros, ele acredita que esses efeitos podem ser temporários.
Protagonismo no comércio global
O executivo defende que o Brasil deve aproveitar a conjuntura atual para avançar em negociações paralisadas e buscar novos acordos que vão além da simples abertura de mercados. "Precisamos de parcerias de longo prazo, que envolvam financiamento, investimento e tecnologia," afirmou. Pessôa acredita que o agronegócio brasileiro pode ser protagonista na reorganização do comércio agrícola global.
Além disso, a crise de rentabilidade na agricultura dos EUA, marcada por altos custos e juros elevados, fragiliza os concorrentes do Brasil. Pessôa enfatizou que o país deve assumir um papel ativo na construção das novas regras do comércio global, especialmente em relação à sustentabilidade. Ele acredita que ainda há tempo para o Brasil estabelecer acordos com parceiros estratégicos, especialmente na Ásia, onde as oportunidades ainda são promissoras.
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