Petróleo sobe e futuros de ações caem após alerta de Trump sobre Irã

Os mercados globais enfrentaram volatilidade nesta terça-feira, 3 de outubro, após o presidente dos EUA, Donald Trump, solicitar a evacuação de Teerã. O pedido gerou incertezas sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã, que já dura cinco dias. A situação contrasta com o otimismo anterior sobre a contenção das hostilidades.

Os futuros das bolsas dos EUA recuaram, enquanto os preços do petróleo subiram quase 2%. Trump, que se encontrava na cúpula do G7 em Alberta, havia afirmado que o Irã estava interessado em um acordo. No entanto, a tensão aumentou com os ataques mútuos entre os dois países, que continuam a se intensificar.

Reações do Mercado

Os investidores estão cautelosos, refletindo a incerteza sobre a situação no Oriente Médio. O índice S&P 500, que havia se aproximado de níveis recordes, agora enfrenta pressão. Apesar disso, houve uma leve recuperação nas bolsas asiáticas, com Tóquio e Hong Kong apresentando altas moderadas. O dólar, por sua vez, manteve-se estável.

Analistas do Wall Street Journal indicam que o Irã estaria disposto a reduzir as hostilidades e retomar as negociações nucleares com os EUA, desde que Washington não se envolva diretamente nos ataques israelenses. Essa mensagem teria sido transmitida por meio de intermediários como Qatar e Arábia Saudita.

Expectativas Econômicas

O foco dos investidores agora se volta para a decisão do Federal Reserve, que deve manter as taxas de juros inalteradas. A expectativa é que o presidente do Fed, Jerome Powell, forneça pistas sobre possíveis cortes futuros. A situação geopolítica pode influenciar a política monetária, especialmente com o aumento dos preços do petróleo.

Os dados econômicos dos EUA, que serão divulgados em breve, também são aguardados com atenção. As vendas no varejo e a produção industrial são alguns dos indicadores que podem impactar o sentimento do mercado. Enquanto isso, a tensão no Oriente Médio continua a ser um fator determinante para a volatilidade dos preços do petróleo e a confiança dos investidores.