21 de jun 2025
Prefeitura de São Paulo anuncia leilão em agosto para novas construções na Faria Lima
Leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção arrecadará R$ 2,8 bilhões para infraestrutura e habitação social em São Paulo.

Prédios da Faria Lima: centro financeiro de São Paulo, rua abriga escritórios das maiores empresas do país e deve receber nova leva de construções após leilão previsto pela prefeitura (Foto: Victor Moriyama/Bloomberg/1-9-2022)
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A prefeitura de São Paulo programou um leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac) para agosto, com previsão de arrecadar R$ 2,8 bilhões. O foco será a região do Largo da Batata, permitindo novos empreendimentos e construções mais altas nas Avenidas Faria Lima, Hélio Pellegrino, Pedroso de Moraes e Eusébio Matoso.
Com a venda dos Cepacs, a gestão municipal permitirá que prédios tenham até 4,8 vezes a área do terreno, em comparação com uma vez sem os certificados. Os recursos obtidos serão destinados a melhorias na infraestrutura urbana e à construção de habitações de interesse social. Parte dos valores arrecadados será aplicada em projetos na própria Faria Lima, além de áreas como a favela do Real Parque e Paraisópolis.
Impactos e Projetos
Os recursos do leilão possibilitarão intervenções significativas, como a construção de uma ciclopassarela sobre o Rio Pinheiros, ligando a favela do Panorama à estação Berrini da Linha 9 (Esmeralda). Também está prevista a extensão da Avenida Faria Lima até a Praça Roger Patti, com desapropriação de imóveis para viabilizar o projeto.
A expectativa é que a demanda por novos empreendimentos na região de Pinheiros aumente, especialmente com a saturação do "miolo" da Faria Lima. Consultores destacam que a presença de estações de metrô nas proximidades torna a área ainda mais atrativa para investidores. A avaliação do mercado é de que o leilão é crucial para o desenvolvimento de projetos imobiliários e melhorias na infraestrutura.
Preocupações do Mercado
O mercado imobiliário expressa preocupações sobre o valor dos Cepacs, que devem ser vendidos a partir de R$ 17,6 mil cada. A expectativa é que a alta demanda eleve os preços, tornando a competição acirrada. Gustavo Rabello, sócio do SouzaOkawa Advogados, ressalta que o leilão é essencial para viabilizar intervenções que beneficiarão a infraestrutura da cidade.
A prefeitura aguarda a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar o leilão, previsto para a primeira quinzena de agosto. O leilão deve oferecer cerca de 160 mil títulos, com o restante reservado para 2026, quando a operação se aproxima do fim.
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