Governo dos EUA reduz opções de pagamento para mutuários de empréstimos estudantis

O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite de terça-feira, um megabill de gastos que traz mudanças significativas para os mutuários de empréstimos estudantis. A proposta visa reduzir gastos federais e aumentar a arrecadação, mas enfrenta incertezas na Câmara dos Representantes, que deve votar o projeto até 4 de julho.

Entre as alterações, a proposta limita as opções de planos de pagamento de empréstimos estudantis a apenas dois modelos: um plano de pagamento padrão e um novo plano de reembolso baseado na renda, chamado Repayment Assistance Plan. Essa mudança afetará novos mutuários a partir de julho de 2026 e cerca de 8 milhões de pessoas que aguardam decisões sobre o plano SAVE, atualmente bloqueado por ordens judiciais.

Os mutuários que já estão em planos existentes, exceto no SAVE, poderão manter suas condições atuais. No entanto, aqueles que contratarem empréstimos a partir de julho de 2026 terão que escolher entre os dois novos planos. O novo plano padrão permitirá que os empréstimos sejam pagos em um período de 10 a 25 anos, dependendo do valor emprestado, enquanto o Repayment Assistance Plan calculará os pagamentos mensais entre 1% e 10% da renda discricionária do mutuário.

Essas mudanças podem resultar em um aumento significativo nos pagamentos mensais para muitos mutuários, especialmente em comparação com o plano SAVE. A proposta ainda precisa passar pela Câmara, onde a aprovação não é garantida, e o futuro dos mutuários de empréstimos estudantis permanece incerto.