08 de jul 2025
Brasil pode explorar potencial multibilionário das terras raras, aponta estudo
Brasil pode aumentar seu PIB em até R$ 243 bilhões com terras raras, mas enfrenta desafios regulatórios e de investimento.

Terras raras — Foto: Wikimedia Commons
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Os minerais críticos conhecidos como terras raras, essenciais para a indústria eletrônica, têm o potencial de acrescentar até R$ 243 bilhões ao PIB do Brasil nos próximos 25 anos. A estimativa, feita por Solange Srour, diretora de macroeconomia do UBS Global Wealth Management, destaca que o Brasil possui 23% das reservas mundiais, a segunda maior concentração do planeta, atrás apenas da China.
Atualmente, a produção brasileira de terras raras é mínima, e o país enfrenta desafios regulatórios e de investimento. Srour delineou três cenários para o impacto econômico das terras raras. No cenário mais pessimista, mantendo o investimento atual, o PIB poderia crescer apenas R$ 47 bilhões até 2050. Para maximizar o valor, o Brasil precisaria investir em novas minas e no beneficiamento dos minerais, o que poderia elevar o impacto para R$ 233 bilhões. Se incluído o refino, o valor poderia chegar a R$ 243 bilhões.
Avanços e Desafios
Recentemente, foram feitos avanços significativos, como a criação de um fundo de R$ 1 bilhão pelo BNDES e pela Vale para financiar pesquisas sobre minerais críticos. Além disso, tramita no Congresso um projeto de lei que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE), aguardando parecer na Comissão de Desenvolvimento Econômico.
Entretanto, ainda existem obstáculos a serem superados. A economista ressalta que o Brasil carece de um marco legal claro para regulamentar a exploração desses minerais, fundamental para atrair investidores. O processo de liberação para novas minas é demorado, levando em média 16 anos, o que exige investimentos de longo prazo e políticas públicas alinhadas.
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