09 de jul 2025
Taxas de juros elevadas desafiam economia brasileira, afirma Galípolo
Banco Central do Brasil busca medidas para estabilizar a inflação e melhorar o acesso ao crédito, com foco na meta de 3%.

Presidente do Banco Central, Galípolo disse que será preciso uma série de medidas para normalizar a política monetária no Brasil (Foto: WILTON JUNIOR)
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BRASÍLIA - O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, afirmou que o país precisa implementar uma série de medidas para normalizar a política monetária. Durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, ele destacou a importância de manter a meta de inflação de 3% e facilitar o acesso ao crédito.
Galípolo enfatizou que o Brasil deve encontrar um equilíbrio entre taxas de juros compatíveis com os países vizinhos e uma inflação controlada. Ele alertou que a redução dos juros não deve ocorrer à custa de uma inflação elevada. “Um grande desafio é como conviver com taxas de juros que possam produzir efeitos semelhantes aos de nossos pares”, disse.
O presidente do BC também criticou a distorção na transmissão da taxa Selic para algumas modalidades de crédito. Ele observou que, em certos casos, o aumento da Selic pode tornar o crédito mais acessível, o que é paradoxal. “Se você subir os juros, a vantagem relativa subiu”, afirmou, referindo-se ao impacto sobre os endividados que utilizam crédito rotativo, que pode ter taxas de até 300%.
Medidas Necessárias
Galípolo ressaltou que não existe uma solução única para os desafios enfrentados. Ele mencionou que o acesso ao crédito de menor custo pode reduzir a percepção de risco, beneficiando a população. O presidente do BC também destacou que algumas isenções fiscais permitem que empresas captem recursos a juros mais baixos do que os oferecidos pelo Tesouro.
Ele reiterou que a meta de inflação não é uma sugestão, mas uma diretriz legal, e que o Banco Central deve agir para garantir a estabilidade da moeda. “Não há nada mais danoso a uma sociedade do que a destruição da moeda”, concluiu Galípolo, reafirmando o compromisso da instituição em defender a estabilidade econômica do país.
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