11 de jul 2025
Relatório da Air India descarta falhas de projeto na aeronave da Boeing
Investigação do acidente do Boeing 787 8 da Air India revela corte de combustível logo após a decolagem; 260 mortos.

Destroços da aeronave no local do acidente do voo AI171 da Air India Ltd. em Ahmedabad, Índia, em 12 de junho. (Foto: Siddharaj Solanki/Bloomberg)
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O acidente do Boeing 787-8 da Air India, ocorrido em 12 de junho, resultou na morte de 260 pessoas, sendo um dos piores desastres da aviação recente. A investigação, conduzida pelo Aircraft Accident Investigation Bureau (AAIB) da Índia, está em andamento e um relatório preliminar foi divulgado.
Os dados iniciais indicam que os interruptores de combustível foram movidos para a posição de corte logo após a decolagem, levando à perda de potência. 29 segundos antes do impacto, um dos pilotos questionou o outro sobre o corte de combustível, mas este negou a ação. O avião, que partia de Ahmedabad com destino a Londres, caiu em uma área densamente povoada, atingindo um prédio e resultando em uma explosão devastadora.
Detalhes da Investigação
O relatório preliminar não encontrou falhas significativas no Boeing 787-8 ou nos motores GE GEnx-1B. A análise dos gravadores de voo e de voz da cabine revelou que, embora um dos motores tenha tentado retomar a força, isso não foi suficiente para evitar a queda. A investigação continua, com a expectativa de um relatório mais detalhado em até 12 meses.
Os dois pilotos envolvidos no acidente eram experientes, acumulando cerca de 19 mil horas de voo. A movimentação dos interruptores de combustível, que pode ter sido acidental ou intencional, levanta questões sobre a operação da aeronave. Especialistas em segurança da aviação estão analisando as circunstâncias que levaram ao desligamento do combustível.
Impactos e Repercussões
Esse trágico acidente representa um grande revés para a Air India, que está em processo de reestruturação após sua privatização em 2022. A companhia anunciou cortes em suas operações internacionais com aeronaves de fuselagem larga devido a interrupções pós-acidente. Além disso, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação planeja investigar a Air India Express após relatos de não conformidade com diretrizes de segurança.
As caixas-pretas do avião foram recuperadas, oferecendo dados cruciais para a reconstrução dos eventos que levaram ao acidente. A investigação envolve colaborações com a Boeing, a fabricante de motores GE, e reguladores de aviação da Índia, Reino Unido e Estados Unidos.




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