Setor de apostas surpreende e arrecada mais de R$3 bilhões em tributos em cinco meses

A regulamentação das apostas no Brasil já mostra resultados significativos. Entre janeiro e maio de 2023, a arrecadação tributária do setor ultrapassou R$ 3,026 bilhões, com R$ 814 milhões apenas em maio, estabelecendo um recorde mensal. Essa performance é notável, considerando que o governo previa uma arrecadação anual entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões. Em cinco meses, o setor já alcançou mais de 25% da projeção média anual, evidenciando seu crescimento acelerado.

Desempenho do Setor

O mercado de apostas regulado já supera a arrecadação de setores tradicionais, como o educacional, que gerou R$ 516 milhões, e o comércio varejista, com R$ 507 milhões. André Baldavira, Head de Marketing da GingaBet, destaca que a regulação trouxe previsibilidade e segurança, além de abrir espaço para investimentos mais robustos. No entanto, o mercado ilegal ainda representa um desafio significativo.

Desafios e Oportunidades

Especialistas alertam para o potencial de crescimento, mas também para os riscos do mercado ilegal. Igor Sá, CMO da HiperBet, menciona que a elevação da tributação de 12% para 18% pode aumentar a arrecadação, mas é crucial combater as operações ilegais. Um estudo da LCA Consultores revela que o Brasil perde R$ 10,8 bilhões anualmente devido a plataformas não regulamentadas, com 61% dos apostadores admitindo ter utilizado sites ilegais.

Importância da Educação

A regulamentação também traz à tona a necessidade de promover uma cultura de jogo responsável. Daniel Fortune, influenciador do setor, enfatiza que o crescimento deve ser acompanhado de ações educativas para garantir a segurança dos apostadores. A conscientização é fundamental para construir um ambiente saudável no mercado.

Com a continuidade desse ritmo, a arrecadação pode ultrapassar as expectativas do governo em 2025. O Brasil se posiciona como um dos mercados mais promissores em apostas esportivas, mas será necessário um equilíbrio entre arrecadação, combate ao mercado ilegal e proteção ao consumidor.