Breaking News

12 de jul 2025

Tarifas elevadas podem desestimular investimentos estrangeiros no Brasil e em emergentes

Tarifa de 50% imposta pelos EUA pode reduzir crescimento do Brasil em até 0,4 ponto porcentual e impactar investimentos estrangeiros diretos.

A taxação de 50% contra o Brasil, determinada por Trump, pode respingar em uma fonte importante de crescimento: os investimentos estrangeiros diretos (Foto: Jim Watson/AFP)

A taxação de 50% contra o Brasil, determinada por Trump, pode respingar em uma fonte importante de crescimento: os investimentos estrangeiros diretos (Foto: Jim Watson/AFP)

Ouvir a notícia

Tarifas elevadas podem desestimular investimentos estrangeiros no Brasil e em emergentes - Tarifas elevadas podem desestimular investimentos estrangeiros no Brasil e em emergentes

0:000:00

NOVA YORK — O comércio global enfrenta um aumento do protecionismo, intensificado pela recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Essa medida pode afetar os investimentos estrangeiros diretos no Brasil, embora a economia brasileira não deva sofrer grandes danos imediatos.

O Brasil, que já enfrenta um cenário de restrições comerciais, é o país mais impactado por essa nova tarifa, a maior já anunciada. Apesar de os EUA serem o segundo maior parceiro comercial do Brasil, sua participação na balança comercial é inferior a 2% do PIB nacional, o que, segundo economistas, deve limitar os danos econômicos. O Goldman Sachs prevê que a tarifa pode reduzir o crescimento do Brasil em até 0,4 ponto porcentual.

Impactos no Investimento Estrangeiro

O Banco Internacional de Compensações (BIS) alerta que o aumento do protecionismo pode resultar em uma diminuição do fluxo de investimentos estrangeiros diretos para países emergentes. Desde 2009, as restrições comerciais impostas por economias avançadas aumentaram em média 8% ao ano, afetando uma parcela crescente de produtos.

O economista-chefe do UBS BB, Alexandre de Ázara, destaca que a principal preocupação é a classificação do Brasil como um país "não-amigável" pelos EUA, o que poderia afetar negativamente os investimentos diretos. Apesar disso, ele não prevê um colapso no volume de investimentos, que já registrou um ingresso líquido de mais de US$ 30 bilhões até maio de 2024.

Perspectivas Futuras

O Banco Central do Brasil espera uma entrada líquida de US$ 70 bilhões em investimentos estrangeiros diretos em 2025, representando 3,2% do PIB. Os EUA respondem por cerca de um quarto desse total. O Brasil, junto com Espanha e Portugal, se destacou no apetite por investimentos externos entre 2018 e 2024.

A recente pesquisa do Bank of America indica que as empresas não planejam um aumento significativo nas estratégias de reshoring, mas podem optar por nearshoring ou friendshoring, beneficiando países como México e Índia. O ex-presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, ressalta que as empresas buscarão diversificar suas fontes de produção para se adaptar ao novo cenário de tarifas.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela