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14 de jul 2025

Carros elétricos baratos da China, como os da BYD, desafiam o mercado local

Governo chinês teme que guerra de preços em veículos elétricos comprometa qualidade e inovação no setor, após cortes da BYD.

Em 23 de maio, a BYD causou um choque quando reduziu o custo de 22 modelos elétricos e híbridos (Foto: Diogo de Oliveira/Estadão)

Em 23 de maio, a BYD causou um choque quando reduziu o custo de 22 modelos elétricos e híbridos (Foto: Diogo de Oliveira/Estadão)

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A China enfrenta uma crescente preocupação com a guerra de preços no setor de veículos elétricos (EVs), após a BYD reduzir os preços de 22 modelos, incluindo o hatchback Seagull, que agora custa 55.800 yuans (aproximadamente US$ 7.700). Essa decisão, anunciada em 23 de maio, gerou reações do governo, que teme que a competição acirrada prejudique a qualidade e os investimentos em inovação.

O Ministério da Indústria da China alertou que “não há vencedores na guerra de preços” e prometeu restringir a concorrência, que pode comprometer a pesquisa e desenvolvimento no setor. Em 1º de junho, o People’s Daily enfatizou que produtos de baixo custo e qualidade podem manchar a reputação dos bens “made-in-China”. A situação reflete um problema mais amplo da economia chinesa, marcada por excesso de capacidade e lucros em queda.

Reações do Setor

Após os cortes de preços da BYD, suas ações caíram, evidenciando a insustentabilidade da guerra de preços. Outras montadoras, como a Great Wall Motor, também reduziram seus preços para manter a competitividade. O presidente da Great Wall, Wei Jianjun, comparou a situação atual a uma “Evergrande da indústria automobilística”, referindo-se à crise do setor imobiliário.

Com 115 marcas de EVs na China, apenas algumas, como a BYD, são lucrativas e têm potencial de sobrevivência a longo prazo. As guerras de preços são comuns em diversos setores chineses, com quase 25% das empresas listadas em bolsa operando no vermelho no terceiro trimestre do ano passado.

Perspectivas Futuras

A BYD, que controla toda a cadeia de produção, desde a mineração até a distribuição, está bem posicionada, mas a pressão sobre os fornecedores pode resultar em demissões e menos poder de compra para os trabalhadores. O governo chinês busca impulsionar a demanda interna, enquanto planeja aumentar as exportações de veículos, especialmente para a América Latina e Europa, até 2030.

Apesar das dificuldades, a BYD superou a Tesla em vendas na Europa em abril, mesmo com o aumento das tarifas da União Europeia sobre veículos elétricos chineses. A guerra de preços na China pode ter repercussões globais, levantando preocupações sobre o excesso de capacidade e tensões comerciais com outros países.

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