14 de jul 2025
Economistas apontam redução do risco de recessão nos EUA, surpreendendo analistas
Taxa de desemprego nos EUA cai para 4,1% e criação de empregos supera previsões, mas novas tarifas podem pressionar a inflação.

Londres liga, mas investidor não atende: êxodo fiscal e fuga de empresas preocupam o Reino Unido (Foto: Reprodução)
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A perspectiva econômica dos Estados Unidos apresentou uma melhora significativa nos últimos meses, apesar das políticas tarifárias do presidente Donald Trump. Dados recentes do Wall Street Journal indicam que a taxa de desemprego caiu de 4,2% em maio para 4,1% em junho, enquanto a criação de empregos superou as expectativas, com uma média de 150 mil vagas mensais nos últimos três meses.
As projeções para o crescimento do PIB real no quarto trimestre foram ajustadas de 0,8% para 1%, embora ainda representem apenas metade do que era esperado no início do ano. Economistas destacam que, apesar da melhora, a incerteza comercial persiste, especialmente com a implementação de novas tarifas a partir de 1º de agosto, que afetarão países como Brasil, México, Canadá e a União Europeia.
Inflação e Tarifas
No campo da inflação, o índice de preços ao consumidor subiu 2,8% em maio, o menor nível em quatro anos, embora ainda acima da meta de 2% do Federal Reserve. A projeção média para a inflação em dezembro foi revisada de 3,6% para 3%, mas ainda superior aos 2,7% previstos em janeiro. Economistas do JPMorgan alertam que as tarifas podem aumentar a pressão sobre os preços, com a média das tarifas subindo de 12,2% para 14,6% após novas medidas.
Expectativas do Mercado de Trabalho
As estimativas para a criação de empregos mensais aumentaram de 54 mil para 74 mil, embora ainda não tenham retornado aos níveis de janeiro. A taxa de desemprego pode subir para 4,5% até dezembro, conforme apontam os analistas. O consumo, embora ainda sustente o crescimento, mostra sinais de cautela, com consumidores gastando de forma mais controlada.
Além disso, um novo pacote fiscal sancionado por Trump, que inclui cortes de impostos, deve adicionar 0,2 ponto percentual ao crescimento econômico em 2025 e 0,3 ponto em 2026. No entanto, o endurecimento da política migratória pode anular esse impulso, retirando os mesmos pontos do PIB.
Os economistas reconhecem que a economia americana tem demonstrado resiliência, mas alertam para a volatilidade do ambiente econômico, especialmente devido às incertezas comerciais e à resposta dos consumidores a possíveis aumentos de preços.
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