Bitcoin se mantém forte a US$ 118 mil em meio à aversão ao risco global

Nesta quarta-feira, 16 de outubro, o bitcoin é negociado a US$ 118.903, apresentando uma alta de 1,1% nas últimas 24 horas. O ativo digital demonstra resiliência em meio a um cenário de aversão ao risco global e incertezas sobre a política monetária do Federal Reserve, o banco central dos EUA.

Após atingir máximas históricas de US$ 123 mil, o bitcoin havia recuado para US$ 117 mil na terça-feira, 15. O movimento de queda foi impulsionado por dados de inflação que superaram as expectativas, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de junho registrando alta de 0,3%, o maior avanço mensal desde janeiro. Esse cenário reduziu as apostas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, pressionando os mercados acionários e fortalecendo o dólar.

Análise do Mercado

André Franco, CEO da Boost Research, comentou que, apesar da aversão ao risco global, o bitcoin manteve-se estável em torno de US$ 118.700. Ele destacou que a forte entrada em ETFs, um ambiente de liquidez elevada e um otimismo regulatório sustentam o ativo. A expectativa de curto prazo é neutra a levemente positiva, mesmo diante da inflação acima do esperado e dos desafios iniciais na 'Crypto Week' no Congresso.

Os mercados asiáticos também sentiram o impacto dos dados de inflação, refletindo a pressão sobre os ativos de risco. Os rendimentos dos Treasuries subiram para o maior nível em um mês, enquanto o ouro avançou e o petróleo permaneceu estável. A região dos US$ 117 mil se mostrou um suporte técnico relevante, indicando que o bitcoin pode continuar a se estabilizar nesse patamar.

O cenário atual sugere que, mesmo com as incertezas econômicas, o bitcoin continua a atrair investidores, mantendo-se como uma opção viável em um ambiente financeiro desafiador.