16 de jul 2025
Resultados do varejo no 2T podem reforçar expectativas após rali recente
Varejo brasileiro enfrenta desaceleração em junho, com expectativas mistas para o segundo trimestre de 2025. Desempenho das empresas será crucial.

Consumidora no Centro de São Paulo (Foto: REUTERS/ Paulo Whitaker)
Ouvir a notícia:
Resultados do varejo no 2T podem reforçar expectativas após rali recente
Ouvir a notícia
Resultados do varejo no 2T podem reforçar expectativas após rali recente - Resultados do varejo no 2T podem reforçar expectativas após rali recente
O varejo brasileiro enfrentou uma desaceleração generalizada em junho, após um desempenho robusto em maio. Todos os subsegmentos apresentaram queda no ritmo de crescimento, conforme alertas de instituições financeiras como Itaú BBA e Santander. O BBA destacou que junho levantou uma "bandeira amarela" para o setor, sugerindo que os próximos meses serão cruciais para avaliar a sustentabilidade do crescimento.
As expectativas para o segundo trimestre de 2025 (2T25) são mistas. Enquanto algumas empresas devem apresentar resultados sólidos, outras enfrentarão desafios. O Santander projeta que Renner (LREN3) e C&A (CEAB3) terão desempenhos positivos, com crescimento de 15% e 17% nas vendas mesmas lojas, respectivamente. Em contrapartida, empresas como Arcos Dorados e Magazine Luiza (MGLU3) devem ter trimestres mais difíceis.
Expectativas do Setor
A XP Investimentos também vê potencial de crescimento em empresas como Track&Field (TFCO4) e farmácias regionais, mas alerta que algumas enfrentarão dificuldades específicas. O BTG Pactual espera um crescimento da receita líquida do setor de 9% na comparação anual, com um aumento no lucro líquido de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,3 bilhão no 2T25.
No segmento de farmácias, a Pague Menos deve continuar a crescer acima da concorrência, com uma previsão de alta de 17% na receita. No entanto, a RD Saúde enfrentará um trimestre desafiador, com expectativa de queda na margem EBITDA. O Grupo SBF deve ter um desempenho misto, com desafios na rentabilidade da Fisia.
Desempenho em Alimentos e E-commerce
No setor de alimentos, o Grupo Mateus (GMAT3) deve reportar um crescimento de 14% na receita líquida, enquanto o GPA deve apresentar resultados mais fracos. No e-commerce, a Casas Bahia (BHIA3) pode ter um desempenho ligeiramente melhor que a Magazine Luiza, mas a competição acirrada deve pressionar as margens do Mercado Livre.
Em resumo, o varejo brasileiro está em um momento de transição, com sinais de desaceleração que exigem atenção dos investidores e analistas. O desempenho das empresas nos próximos meses será fundamental para determinar a trajetória do setor.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.