17 de jul 2025
Mercado avalia impacto das eleições de 2026 nos preços atuais
Aumento na aprovação de Lula gera apreensão no mercado sobre compromisso fiscal do governo, enquanto investidores se preparam para as eleições de 2026.

Foto: Reprodução
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Recentes pesquisas indicam que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou, fazendo com que ele se destacasse como favorito nas eleições de 2026. A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira, revela que Lula venceria em todos os cenários eleitorais. Essa mudança ocorre em um contexto de incertezas econômicas e políticas, exacerbadas pelo aumento das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
O mercado financeiro brasileiro, que já estava atento às eleições de 2026, agora enfrenta preocupações sobre o compromisso fiscal do governo. Muitos investidores veem a melhora na popularidade de Lula como um sinal negativo, acreditando que isso pode indicar um menor foco em ajustes fiscais em comparação com a oposição. Durante o evento XP Equities Insights, especialistas como Christian Keleti, da AlphaKey Management, e Sara Delfim, da Dahlia Capital, discutiram a situação atual do mercado, ressaltando que o rali da Bolsa, que superou 141 mil pontos, foi impulsionado mais por fatores globais do que por questões eleitorais.
Expectativas do Mercado
Os gestores de fundos estão começando a considerar a alocação de ativos em função das eleições a partir do quarto trimestre de 2025. Uma pesquisa do Bank of America revelou que 83% dos gestores acreditam que o Ibovespa encerrará 2025 acima de 140 mil pontos, um aumento em relação a 66% em junho. Contudo, a pesquisa foi realizada antes do anúncio das tarifas de Trump, o que pode impactar as expectativas futuras.
Os analistas também destacam que o Brasil se beneficia de fluxos de capital estrangeiro, especialmente em um cenário onde os mercados emergentes se tornam mais atraentes. Apesar das incertezas fiscais, a Bolsa brasileira continua a ser vista como uma oportunidade, com empresas locais apresentando crescimento e potencial para revisões de lucro positivas. A cautela, no entanto, permanece, com gestores recomendando uma carteira diversificada, priorizando setores como utilities e financeiro.
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