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17 de jul 2025

Tupy afirma que lei da reciprocidade deve ser última alternativa contra os EUA

Lula propõe impostos sobre empresas digitais dos EUA enquanto a Tupy busca negociações para enfrentar tarifas de até 50% no setor automotivo.

Rafael Lucchesi, presidente da fundição Tupy, sediada em Joinville (SC) (Foto: Felipe Rau/Estdão)

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O governo brasileiro enfrenta desafios nas relações comerciais com os Estados Unidos, especialmente no setor automotivo, devido às tarifas impostas por Donald Trump. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a intenção de cobrar impostos sobre empresas digitais americanas, destacando a necessidade de uma abordagem mais firme em relação a práticas consideradas abusivas nas redes sociais.

A Tupy, líder na fabricação de cabeçotes e blocos de motor, é uma das empresas mais afetadas pelas tarifas, que podem chegar a 50%. O presidente da Tupy, que assumiu o cargo recentemente, afirmou que a tarifa de 10% já era insustentável e que a nova proposta representa um embargo nas relações comerciais entre os dois países. As exportações da Tupy para os EUA representam 23% de suas vendas externas, sendo o mercado americano o mais relevante para a companhia.

Lucchesi, presidente da Tupy, enfatizou a importância de negociações diplomáticas para mitigar os impactos das tarifas. Ele mencionou que o governo brasileiro está demonstrando disposição para buscar soluções pacíficas e que a Lei de Reciprocidade Econômica deve ser utilizada apenas como último recurso. A expectativa é que haja um adiamento de 90 dias na implementação das tarifas, uma proposta apoiada por entidades como a CNI e a Fiesp.

Relações Comerciais e Impactos

A Tupy, com operações em vários países, tem uma relação de longa data com montadoras americanas, como Cummins e Ford. Cerca de 70% da frota de caminhões pesados nos EUA utiliza componentes fabricados pela Tupy. Os contratos de fornecimento são complexos e de longo prazo, o que torna a adaptação a novas condições comerciais um desafio significativo.

As tarifas anunciadas por Trump, que afetam todo o setor automotivo, foram implementadas em um contexto de superávit comercial dos EUA com o Brasil, que ultrapassa R$ 400 bilhões nos últimos 15 anos. Lucchesi ressaltou a complementaridade entre os dois países, onde 70% das importações brasileiras dos EUA são isentas de tarifas devido à falta de similar nacional.

A Tupy, que registrou uma receita líquida de R$ 10,7 bilhões em 2024, continua a buscar alternativas para manter sua posição no mercado americano, enquanto aguarda desdobramentos nas negociações diplomáticas que podem alterar o cenário atual.

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