Blackstone se retira de consórcio que planejava investir no TikTok dos EUA

O fundo de private equity Blackstone decidiu se retirar do consórcio que buscava adquirir uma participação no TikTok nos Estados Unidos. A decisão foi comunicada por uma fonte anônima e implica que a Blackstone cedeu sua fatia a outros investidores do grupo, que inclui Oracle, Andreessen Horowitz e General Atlantic. A saída ocorre em um contexto de crescente pressão do Congresso dos EUA, que aprovou uma lei exigindo a venda ou o encerramento das operações do aplicativo, devido a preocupações com a segurança nacional e o acesso da China aos dados dos usuários.

O presidente Donald Trump já havia assinado uma ordem executiva que estendeu o prazo para a venda do TikTok até 17 de setembro. Recentemente, Trump anunciou que havia identificado um comprador que permitiria a continuidade das operações do aplicativo nos EUA, desvinculando-o da controladora chinesa ByteDance. Segundo informações da Bloomberg News, o consórcio que agora opera sem a Blackstone seria o comprador mencionado por Trump.

Detalhes da Transação

Um modelo de acordo foi discutido em abril, prevendo que a participação de investidores não chineses aumentasse de 60% para 80%, enquanto a ByteDance manteria os 20% restantes. A Oracle, que já hospeda os dados do TikTok nos EUA, ficaria à frente da operação, possivelmente acompanhada por Blackstone ou pelo empresário Michael Dell. No entanto, tarifas impostas por Trump a parceiros comerciais, especialmente à China, complicaram a transação.

As preocupações com a segurança nacional em relação ao TikTok não foram acompanhadas de provas concretas, mas continuam a ser um tema central nas discussões sobre a operação do aplicativo nos EUA. A situação permanece em evolução, com o futuro do TikTok dependendo das negociações em andamento e das decisões políticas que podem impactar o cenário.