Tiffany desagrada clientes ao limitar venda de relógio Patek Philippe raro
Tiffany & Co. enfrenta crise após deterioração da relação com Patek Philippe, resultando em fechamento de boutiques e clientes insatisfeitos.

Leonardo DiCaprio, Jay-Z, LeBron James, Corey Gamble, Ed Sheeran (Foto: Getty Images)
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A Tiffany & Co. lançou uma edição limitada do Patek Philippe Nautilus 5711 com mostrador azul, atraindo uma demanda intensa entre colecionadores de relógios de luxo. No entanto, a relação entre as duas marcas se deteriorou, resultando no fechamento de boutiques e na frustração de clientes que investiram milhões sem garantir a compra do cobiçado relógio.
Os vendedores da Tiffany se referiam a esses clientes como "monstros dos relógios", pessoas dispostas a gastar entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões em joias para ter a chance de adquirir o Blue Dial, que custava US$ 52.635. A estratégia da Tiffany, que visava aumentar as vendas, acabou gerando descontentamento. Muitos clientes gastaram fortunas em joias, mas saíram sem o relógio desejado.
Desde o lançamento do Blue Dial, a Patek Philippe fechou três das quatro boutiques que mantinha nas lojas Tiffany. A relação entre as marcas, que já durava mais de 150 anos, se deteriorou devido à forma como a Tiffany gerenciou a exclusividade do relógio. Ex-funcionários revelaram que a prática de "venda casada" gerou ressentimento entre os clientes, que se sentiram enganados ao ver o relógio sendo vendido no mercado secundário por preços menores.
A situação se agravou com processos judiciais de clientes insatisfeitos, incluindo um caso em que uma cliente alegou não ter recebido um colar de diamantes após gastar quase US$ 4 milhões em joias. Apesar das dificuldades, a LVMH, controladora da Tiffany, afirmou que as mudanças na marca estão trazendo resultados positivos, embora a divisão de joias e relógios tenha apresentado uma previsão de queda de 1% na receita em relação ao ano anterior.
A exclusividade mal gerida do Blue Dial simboliza um alerta para o setor de luxo: a busca por vendas rápidas pode comprometer a imagem e a relação com os clientes. A Tiffany, que já enfrentava desafios antes da aquisição pela LVMH, agora precisa reavaliar sua estratégia para recuperar a confiança dos consumidores e manter sua posição no mercado de luxo.
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