21 de jul 2025
Guerra comercial de Trump afeta gravemente portos menores nos EUA
Porto de Oakland enfrenta queda de 10,1% no tráfego de contêineres, enquanto portos maiores atraem shippers em busca de tarifas mais baixas.

Um navio porta-contêineres é visto atracado no Porto de Oakland, na Califórnia, em 18 de abril de 2025. (Foto: Justin Sullivan | Getty Images)
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Os portos dos EUA, especialmente o Port of Oakland, enfrentam desafios significativos devido à incerteza tarifária. Recentemente, o Porto de Oakland registrou uma queda de 10,1% no tráfego de contêineres em junho, com uma redução de 13% em relação ao ano anterior. Essa diminuição é atribuída à priorização de portos maiores, como Los Angeles, por parte dos transportadores, que buscam evitar tarifas mais altas.
A movimentação nos portos menores, como Jacksonville e New Orleans, também caiu, refletindo uma tendência de shippers que optam por descarregar cargas em locais maiores. Paul Brashier, vice-presidente da ITS Logistics, destacou que essa mudança se deve à necessidade de agilizar a entrega antes do aumento das tarifas. O Porto de Oakland, que possui um equilíbrio quase igual entre importações e exportações, é crucial para o comércio agrícola dos EUA.
Impactos Econômicos
A diminuição do tráfego de contêineres tem implicações diretas na economia local. O Porto de Oakland apoia mais de 98 mil empregos e gera 174 bilhões de dólares em atividade econômica anual. A incerteza nas tarifas tem levado importadores e exportadores a recalibrar suas operações logísticas. Bryan Brandes, diretor marítimo do Porto de Oakland, afirmou que a demanda está se ajustando às novas condições de mercado.
Enquanto isso, o Porto de Los Angeles experimentou um aumento no tráfego, atingindo recordes em junho. No entanto, essa situação não é sustentável a longo prazo, já que as novas tarifas podem resultar em uma queda no volume de contêineres movimentados. Gene Seroka, diretor executivo do Porto de Los Angeles, alertou que a incerteza no mercado pode levar a uma diminuição no volume de cargas.
Desafios Futuros
A previsão para as exportações da China para os EUA indica uma possível queda nas encomendas. A hesitação nas decisões de compra e a redução de pedidos refletem a instabilidade nas políticas comerciais. Brashier observou que a concentração de serviços em portos maiores pode aumentar os custos logísticos, já que a distância para o transporte terrestre pode se estender significativamente.
Com a situação atual, os portos menores continuam a ser impactados, e a necessidade de estabilidade nas políticas comerciais se torna cada vez mais evidente. A adaptação das cadeias de suprimento e a busca por eficiência são essenciais para enfrentar os desafios impostos pela incerteza tarifária.
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