21 de jul 2025
Montadoras brasileiras se unem a marcas chinesas para impulsionar eletrificação
GM e Stellantis lançam modelos elétricos importados da China, visando competir com marcas locais e atender à demanda crescente no Brasil.

SUV elétrico chinês Leapmotor C10 terá motor 1.5 a gasolina que vai funcionar como gerador (Foto: Divulgação)
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Recentemente, General Motors e Stellantis intensificaram suas estratégias para o mercado de veículos elétricos no Brasil, apresentando novos modelos importados da China. Essas iniciativas visam atender à crescente demanda por automóveis sustentáveis, especialmente diante da concorrência acirrada de marcas chinesas como BYD e GWM.
Ambas as montadoras estão apostando em modelos que, apesar de importados, têm potencial para nacionalização, permitindo que sejam competitivos mesmo com as barreiras tributárias. O Spark EUV, da GM, por exemplo, foi anunciado a R$ 159.990, um preço consideravelmente inferior ao Chevrolet Bolt EUV, que custava R$ 279.990 e estava prestes a ser descontinuado. O novo modelo é uma versão do Yep Plus, comercializado na China por cerca de R$ 75 mil.
Novos Modelos e Estratégias
A Stellantis também está se movimentando, com o lançamento do Leapmotor C10, um SUV médio que deve custar menos que o Fiat 500e, que foi vendido a R$ 239.990 em 2021. Este modelo contará com um motor a combustão que atuará como gerador, aumentando a autonomia e minimizando a preocupação com a infraestrutura de recarga.
Além disso, a Renault anunciou uma parceria com a Geely para a distribuição do utilitário elétrico EX5 no Brasil. A montadora francesa será responsável pela logística e pela rede de concessionárias, com o modelo chegando ao mercado nas próximas semanas.
Cenário do Mercado
O mercado brasileiro de veículos elétricos está em expansão, com a expectativa de que cerca de 45 mil veículos elétricos com preço abaixo de R$ 250 mil sejam vendidos em 2024, conforme dados da Fenabrave. No primeiro semestre deste ano, aproximadamente 25 mil unidades foram comercializadas, refletindo uma demanda crescente por opções mais acessíveis.
Com a queda dos preços dos veículos elétricos na China, as montadoras tradicionais estão buscando alternativas para se manter competitivas. A estratégia de trazer modelos chineses para o Brasil não é apenas uma resposta à concorrência, mas também uma tentativa de se adaptar a um mercado em transformação, onde a sustentabilidade e a eficiência energética são cada vez mais valorizadas.
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