Indústrias alimentícias apostam em proteína para atender demanda crescente nos EUA
O setor de alimentos ricos em proteínas cresce rapidamente, com vendas superando R$ 100 milhões em cereais e novas startups em ascensão.

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Os produtos ricos em proteínas estão dominando as prateleiras dos supermercados, com empresas como General Mills e PepsiCo liderando essa tendência crescente. Em 2024, a General Mills alcançou mais de 100 milhões de dólares em vendas de suas linhas de cereais proteicos, incluindo Nature Valley Protein e Cheerios Protein. A PepsiCo, por sua vez, planeja lançar novos produtos focados em proteínas no quarto trimestre de 2025 e no primeiro trimestre de 2026.
Uma pesquisa da Bain & Company revelou que 44% dos americanos desejam aumentar a ingestão de proteínas, um aumento em relação a 34% em 2024. Stephen Zagor, professor assistente de negócios na Universidade de Columbia, destaca que as empresas estão se diferenciando ao enfatizar a presença de proteínas em seus produtos. A Kraft Heinz, por exemplo, está reformulando sua comunicação para ressaltar a quantidade de proteína em alimentos reais, ao invés de suplementos em pó.
Novas Iniciativas no Mercado
Além das grandes marcas, novas startups estão emergindo no setor. A David Protein Bars, criada pelos fundadores da RxBar, projeta gerar mais de 100 milhões de dólares em receita no seu primeiro ano. Outra novidade é a Protein Pints, que lançou sorvetes ricos em proteínas e espera superar 20 milhões de dólares em vendas em 2025.
O aumento do uso de medicamentos para perda de peso também impulsiona a demanda por produtos ricos em proteínas. Um estudo da Mattson indica que usuários de medicamentos anti-obesidade estão mais propensos a comprar alimentos congelados com alto teor proteico. A National Frozen & Refrigerated Foods Association constatou que 46% dos usuários de medicamentos GLP-1 consideram o conteúdo proteico um fator decisivo na compra de produtos congelados.
Desafios e Oportunidades
Apesar do crescimento, empresas enfrentam desafios ao alterar a composição de seus produtos para incluir mais proteínas. Zagor alerta que consumidores podem avaliar negativamente mudanças na textura e no sabor. No entanto, a PepsiCo minimizou esses riscos, afirmando que os consumidores têm respondido positivamente à expansão de suas marcas para categorias funcionais.
A Chobani também investe em pesquisa para entender o mercado, revelando que 85% dos americanos desejam aumentar a ingestão de proteínas em 2025. O setor de snacks proteicos está crescendo a uma taxa três vezes maior que a média do mercado, gerando 24 bilhões de dólares em receita em 2024. A Barilla, que lançou sua linha de massas Protein+ em 2005, está expandindo sua distribuição, evidenciando a crescente demanda por produtos ricos em proteínas.
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