Ações da Berkshire caem após saída de Buffett e fim do 'prêmio Buffett'
A Berkshire Hathaway enfrenta desafios com a saída de Buffett, enquanto ações Classe B caem para 1,6 vez o valor patrimonial.

Quanto seu assessor ganha para vender um fundo? Duas regras da CVM depois, ainda é difícil saber (Foto: Reprodução)
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As ações Classe B da Berkshire Hathaway caíram para 1,6 vez o valor patrimonial, o menor nível desde 2025. Essa queda reflete a diminuição do "prêmio Buffett", que historicamente atraía investidores pela confiança na gestão de Warren Buffett. Antes do anúncio da saída de Buffett, em 2 de maio, o múltiplo estava em 1,7 vez.
O índice preço/lucro (P/L) também apresenta um desconto significativo, com as ações sendo negociadas a 12,9 vezes, bem abaixo das 22 vezes do S&P 500 e da média de 20,7 vezes da própria Berkshire na última década. Atualmente, o valor das ações está apenas 6 a 7 pontos percentuais acima do patamar que normalmente aciona programas de recompra.
Desafios e Expectativas
A saída de Buffett impactou a percepção de segurança dos investidores, enquanto a Berkshire não realiza recompras há três trimestres, indicando que considera o múltiplo acima de 1,7 elevado. Além disso, a expectativa de cortes nas taxas de juros pode pressionar os resultados da empresa, que possui US$ 347 bilhões em caixa e títulos do Tesouro, representando 34% de seu valor de mercado.
Analistas do Morningstar estimam que o valor justo da ação Classe B é de US$ 689, sugerindo uma alta de cerca de 30% em relação à cotação atual de US$ 484. O consenso de mercado aponta um preço-alvo médio entre US$ 523 e US$ 538, o que representa uma valorização de 8% a 12%.
Perspectivas Futuras
A recomendação predominante é de "compra moderada", com duas avaliações de compra e quatro de manutenção. A UBS destaca a melhora estrutural da seguradora GEICO, enquanto o TD Cowen expressa cautela devido à incerteza em torno da sucessão de Greg Abel e possíveis litígios envolvendo a elétrica PacifiCorp.
O mercado observa a possibilidade de a Berkshire retomar as recompras caso o múltiplo caia para 1,4 vez o valor patrimonial. Historicamente, essas operações sinalizam valorização futura. O conglomerado, que inclui seguros, ferrovias e energia, registrou um lucro operacional de US$ 9,6 bilhões no último trimestre, apesar de perdas relacionadas a incêndios florestais.
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