China controla custos crescentes da construção de usinas nucleares e ensina lições globais
A China lidera a redução de custos na energia nuclear, enquanto mais de 30 países planejam aumentar sua capacidade até 2050.

A usina nuclear Taipingling em Huizhou, China, está em construção desde 2019. (Foto: VCG via Getty)
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O mundo volta a apostar na energia nuclear, com os Estados Unidos planejando quadruplicar sua capacidade até 2050. Mais de 30 países se comprometeram a triplicar a capacidade global até a metade do século. A China, que já possui mais de 30 reatores em construção e planejamento, está se preparando para superar os EUA até 2030.
Historicamente, a energia nuclear enfrentou desafios econômicos, com custos de construção aumentando em países como EUA e França. Em contraste, a China tem conseguido manter os custos estáveis desde os anos 2000, reduzindo-os pela metade nesse período. O governo chinês aprovou cerca de dez novos reatores por ano desde 2022, com a meta de quintuplicar a capacidade nuclear até 2050.
Estratégias de Redução de Custos
A análise dos custos de construção de usinas nucleares na China revela que, enquanto os preços dispararam em outros países, os custos na China permaneceram estáveis. Isso se deve a uma combinação de regulamentações estáveis, desenvolvimento de cadeias de suprimento domésticas e gestão eficaz da construção. A China começou importando reatores, mas rapidamente avançou para a produção de componentes locais, reduzindo custos significativamente.
Entre 2005 e 2010, o país localizou a produção de componentes críticos, como núcleos de reatores, e acelerou a adoção de recursos de segurança avançados após o desastre de Fukushima em 2011. Componentes fabricados na China podem custar até metade do preço dos importados, contribuindo para a viabilidade econômica das usinas nucleares.
O Papel das Tecnologias e Políticas
A estrutura regulatória da China e seu ambiente político também desempenham um papel crucial. Uma política industrial consistente, apoiada pelo Estado, garante tarifas de eletricidade estáveis e financiamento a juros baixos para empresas estatais de energia nuclear. Essa abordagem centralizada ajuda a garantir a estabilidade regulatória e a coordenação na padronização de reatores.
Enquanto isso, empresas de tecnologia como Amazon, Google e Microsoft estão investindo em energia nuclear para atender à crescente demanda de seus centros de dados e reduzir as emissões de carbono. O futuro da energia nuclear parece promissor, especialmente com a China liderando o caminho em custos e capacidade de produção.
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