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30 de jul 2025

Empresas enfrentam maior custo da dívida em 20 anos, afirma CEO do Santander

Santander Brasil enfrenta queda de 5,8% na carteira de grandes empresas e aumenta provisões para devedores em meio a desafios econômicos.

Foto: Reprodução

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O setor bancário brasileiro enfrenta um cenário desafiador, agravado pelo aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e pela alta da taxa Selic, que atualmente está em 15%. O CEO do Santander Brasil, Mario Leão, destacou que a carteira de grandes empresas do banco sofreu uma retração de 5,8% no último trimestre, refletindo a pressão sobre as operações de risco sacado e o impacto das novas tarifas.

Durante coletiva de imprensa, Leão afirmou que as empresas estão enfrentando o maior custo da dívida dos últimos 20 anos. Ele observou que a combinação do aumento do IOF e da taxa Selic tem afetado especialmente as empresas mais alavancadas e as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). A demanda por operações de risco sacado caiu drasticamente, impactando o financiamento de cadeias de fornecedores.

Expectativas de Recuperação

Apesar dos resultados negativos, Leão expressou otimismo em relação à recuperação do risco sacado no próximo trimestre. Ele acredita que, com a normalização sazonal, as operações devem voltar a crescer. O executivo também mencionou que, excluindo fatores como a variação cambial, a carteira de grandes empresas teria diminuído apenas 0,8%.

O setor agropecuário, que representa 10% da carteira do Santander, enfrenta desafios significativos devido à alta dos custos e à queda nos preços de commodities. Leão destacou que o banco está próximo dos clientes, ajudando-os a enfrentar a crise e a lidar com um aumento nas recuperações judiciais.

Provisões e Desempenho

As provisões para devedores duvidosos aumentaram 16,4% em um ano, totalizando R$ 6,862 bilhões. O CEO acredita que a recuperação do setor agropecuário deve ocorrer entre a segunda metade deste ano e o próximo, com a expectativa de que as provisões se estabilizem à medida que os setores críticos se recuperam.

Leão reafirmou a meta do banco de alcançar um retorno sobre patrimônio de 20% no longo prazo, apesar da queda do ROE para 16,4% no último trimestre. O executivo também comentou sobre a importância de um acordo entre os governos brasileiro e americano para mitigar os impactos das tarifas impostas pelos EUA.

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