02 de ago 2025
BRF e Marfrig enfrentam novos obstáculos na fusão entre as empresas
Cade muda avaliação da fusão Marfrig e BRF para rito ordinário, aumentando a complexidade do caso e os riscos concorrenciais envolvidos

Marfrig BRF (Foto: divulgação)
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A fusão entre Marfrig e BRF enfrenta novos desafios a poucos dias das assembleias gerais extraordinárias, marcadas para terça-feira. Esta é a terceira tentativa de unir as duas empresas, após duas tentativas anteriores que foram barradas pela CVM.
Recentemente, o Cade decidiu alterar a avaliação da fusão de rito sumário para ordinário, reconhecendo a complexidade do caso. Essa mudança foi motivada por um pedido de reavaliação feito pelo frigorífico Minerva e pela Latache Capital, acionista minoritária da BRF. O novo presidente do Cade, Gustavo de Lima, informou à CVM sobre essa alteração, destacando que a operação apresenta indícios de controle societário cruzado e riscos concorrenciais.
Lima enfatizou que a situação exige uma análise mais detalhada, já que os indícios de controle cruzado entre empresas concorrentes no mercado de carne bovina podem impactar a rivalidade no setor. O despacho do presidente do Cade ressalta que a complexidade do caso não se adequa ao rito sumário, que é mais célere e limitado em sua análise.
Além disso, o recurso do Minerva menciona a concentração excessiva em alimentos processados e a atuação cruzada da Salic, um fundo de investimentos da Arábia Saudita, em ambas as empresas. O presidente do Cade afirmou que esses fatos, se comprovados, podem indicar riscos concorrenciais que ainda não foram adequadamente avaliados.
A Latache Capital também levantou preocupações sobre os riscos decorrentes do poder de marca e portfólio das empresas envolvidas, além de questões relacionadas aos mecanismos de governança. A expectativa é que a nova avaliação do Cade traga mais clareza sobre os impactos da fusão no mercado.
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