Itaú BBA projeta lucro de até 55% com ações da Argentina em momento crítico
Itaú BBA prevê valorização de ações argentinas e destaca empresas que podem se beneficiar da recuperação econômica até o final de 2023

Um trabalhador de entregas da Pedidos Ya exibe os pesos argentinos ganhos durante a entrega de comida em Buenos Aires, Argentina, na segunda-feira, 16 de dezembro de 2024 (Foto: Tomas Cuesta/Bloomberg)
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A Argentina projeta uma valorização de suas ações entre 15% e 55% até o final de 2023, conforme estimativas do Itaú BBA. A correção recente de 25% a 40% nos recibos de ações (ADRs) de empresas argentinas, negociados nos Estados Unidos, melhorou a relação risco-retorno, segundo analistas do banco.
As recomendações do Itaú BBA incluem empresas como Grupo Financiero Galicia, Banco Macro, Vista Energy, YPF, Loma Negra e a Bolsa y Mercados Argentinos (Byma). Essas companhias estão bem posicionadas para se beneficiar da recuperação econômica em andamento. As eleições legislativas, agendadas para 7 de setembro na província de Buenos Aires e 26 de outubro em todo o país, serão um termômetro do apoio popular às políticas fiscais do governo.
Um resultado favorável ao governo pode reduzir os prêmios exigidos pelos investidores nos títulos públicos, permitindo ao Tesouro Nacional retomar o acesso aos mercados de crédito. O Itaú BBA observa que as ações argentinas ainda estão subavaliadas, com múltiplos preço sobre valor patrimonial (PBV) estimados para 2026 entre 1,20x e 1,40x, 25% a 40% abaixo dos picos de 2024.
Expectativas de Crescimento
Na área de energia, Vista Energy e YPF apresentam múltiplos estimados entre 3,0x e 3,4x para 2026. O banco acredita que essas empresas podem aumentar seus lucros com a produção de petróleo e gás em campos não convencionais. Além disso, a Argentina pode recuperar o status de mercado emergente no índice MSCI em 2026, o que poderia atrair entre US$ 1,1 bilhão e US$ 2,3 bilhões em investimentos.
Para sustentar esse crescimento, o país precisa implementar reformas estruturais, incluindo a liberalização do câmbio e revisões na carga tributária. O Itaú BBA alerta que a continuidade das reformas é crucial para evitar retrocessos e que um consenso político será necessário para garantir a estabilidade econômica.
Setores como energia não convencional, mineração, agricultura e infraestrutura devem continuar atraindo investimentos, mas fatores externos, como os preços das commodities, também influenciarão a economia argentina.
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